Bloomberg Línea — A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou a abertura de mais duas novas investigações sobre a Americanas (AMER3): possibilidades de insider trading e irregularidades relacionadas às inconsistências contábeis encontradas pela companhia.
Ambos os novos processos de investigação informados pelo órgão regulador nesta sexta-feira (27) são desdobramentos dos outros cinco processos já abertos no último dia 19.
A Americanas agora será investigada por “eventuais irregularidades nas negociações com ativos de emissão da companhia”, além de “eventuais irregularidades envolvendo informações contábeis”.
Em processo de Recuperação Judicial, a companhia já se tornou alvo de seis investigações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que apuram indícios de práticas de uso de informação privilegiada para operar no mercado, maquiagem de balanço e manipulação de mercado.
O rombo contábil calculado em R$ 20 bilhões foi provocado por operações financeiras que não foram devidamente inseridas no balanço da companhia - a partir do chamado risco sacado.
O risco sacado é descrito como uma operação disponibilizada por instituições financeiras e uma prática realizada por empresas como modalidade para antecipação de recebíveis.
Nesta semana, a Justiça de São Paulo determinou busca e apreensão e cópia de “todas as caixas de e-mail institucionais” de todos os executivos que ocuparam cargos no conselho de administração, na direção, na área de contabilidade e de auditoria da Americanas nos últimos dez anos.
Em decisão publicada nesta quinta-feira (26), a juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Empresarial de São Paulo, atendeu a pedido do Bradesco (BBDC4) de produção de provas para investigar se houve fraude no caso das “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, divulgadas em 11 de janeiro.
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