Bancos de Wall Street entram na lista de credores da FTX nos EUA

Goldman Sachs Group, JPMorgan Chase e Wells Fargo foram citados pela exchange de criptomoedas em documento do tribunal de falências

Corretora de criptomoedas enfrenta recuperação judicial
Por Emily Nicolle - Allyson Versprille
26 de Janeiro, 2023 | 04:43 PM

Bloomberg — Consultores da FTX dizem que a empresa cripto em recuperação judicial tem dívidas com uma variedade ampla de empresas, incluindo os bancos Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Wells Fargo, que estão entre os maiores de Wall Street, mostram documentos do tribunal de falências.

Um documento de 116 páginas arquivado na quarta-feira (25) detalhando os credores da FTX contém milhares de credores, entre empresas e pessoas físicas. Os indivíduos tiveram os nomes suprimidos. Mas a lista global identifica pesos-pesados em Wall Street como tendo algum tipo de conexão com a outrora gigante bolsa de Sam Bankman-Fried.

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A divulgação não revela a natureza ou o tamanho das dívidas, se houver, e a inclusão na lista não significa que uma empresa esteja altamente exposta ao FTX.

Outros bancos como Deutsche Bank, HSBC e MUFG também estão na lista.

“O Goldman Sachs não entrou com uma ação contra os devedores”, disse um porta-voz do banco. “Este tipo de lista de credores é elaborada pelos devedores com a finalidade de notificar os interessados no processo de falência e não constitui necessariamente prova de relação credora.”

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Um representante do Deutsche Bank disse que a empresa não tinha exposição de crédito à FTX. Representantes do JPMorgan, Wells Fargo e MUFG não quiseram comentar. O HSBC não fez comentários imediatos.

Antes de pedir recuperação judicial em novembro do ano passado, a FTX era uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo. Uma vez avaliada em US$ 32 bilhões, a bolsa e a Bankman-Fried eram conhecidas por sua disposição de gastar generosamente em acordos de publicidade, parcerias comerciais e doações políticas.

Além dos bancos, os credores nomeados incluem departamentos governamentais dos EUA, reguladores de valores mobiliários nacionais e internacionais, outras grandes empresas de criptografia, meios de comunicação, grandes empresas de tecnologia e uma variedade global de escritórios de advocacia e contadores.

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- Com a colaboração de Anna Irrera.

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