Bloomberg — Sob a gestão do novo CEO Elon Musk, o Twitter parou de pagar o aluguel de sua sede em São Francisco em dezembro, de acordo com uma ação movida pelo proprietário.
A empresa de mídia social não pagou o aluguel de US$ 3,36 milhões de dezembro por seus escritórios na 1355 Market Street e os US$ 3,42 milhões do aluguel de janeiro, disse a Sri Nine Market Square LLC, proprietária do prédio, em uma ação movida na segunda-feira (23) em um tribunal estadual da Califórnia.
Desde que assumiu o Twitter, o bilionário, ex-pessoa mais rica do mundo, vem cortando custos.
Musk demitiu metade da equipe, reteve o aluguel dos outros escritórios da empresa ao redor do mundo e se recusou a pagar algumas contas pendentes, como o fretamento de um jato.
Essas medidas ocorrem no momento em que Musk enfrenta o primeiro pagamento da dívida de US$ 12,5 bilhões que assumiu para adquirir o Twitter.
O processo também vem em um momento que tem Musk no banco das testemunhas em um julgamento de suspeita de fraude de valores mobiliários em São Francisco, em que ele se defende de um tuíte para tornar a Tesla privada. Ele deve retornar nesta terça-feira (24) para terminar seu depoimento.
O Twitter aluga mais de 460.000 pés quadrados de espaço em oito andares de um prédio de São Francisco, de acordo com a denúncia.
A Sri Nine Market Square tinha uma carta de crédito de US$ 3,6 milhões como garantia, que o Twitter deveria aumentar para US$ 10 milhões se houvesse uma transferência de controle, o que ocorreu quando Musk comprou a empresa em outubro por US$ 44 bilhões.
O Twitter argumentou que não precisava aumentar a linha de crédito, de acordo com a denúncia.
A Sri Nine disse que utilizou a linha de crédito existente para cobrir o aluguel de dezembro de US$ 3,36 milhões e uma parte do aluguel de janeiro, deixando o saldo da linha de crédito em US$ 1.
A empresa locatária está tentando recuperar o aluguel não pago e pede uma declaração judicial de que o Twitter está violando o contrato por não aumentar a linha de crédito para US$ 10 milhões.
O Twitter, que acabou com o departamento de relações públicas, não respondeu a um pedido de comentário.
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