Bloomberg — O CEO do Google disse aos funcionários na segunda-feira (23) que as demissões foram uma forma de evitar problemas maiores em um momento decisivo, no qual era pagir diante da desaceleração do crescimento da companhia.
Em uma reunião interna, Sundar Pichai, CEO da Alphabet (GOOG), controladora do Google, disse que consultou os fundadores e o conselho da empresa para tomar a decisão de cortes de 6%, de acordo com comentários analisados pela Bloomberg News.
“Se não agíssemos de forma clara, decisiva e precoce, poderíamos agravar o problema e torná-lo muito pior”, disse Pichai. “Essas são decisões que eu precisava tomar.”
O Google disse na sexta-feira (20) que eliminaria cerca de 12 mil empregos, tornando-se a mais recente gigante da tecnologia a recuar após anos de crescimento e contratações abundantes.
Embora as especulações sobre os cortes tenham circulado por meses, as demissões foram recebidas com surpresa por alguns funcionários. Alguns, por exemplo, perceberam que perderam seus empregos quando não conseguiram acessar os sistemas corporativos. No entanto, Pichai enfatizou que os cortes foram previamente levados em uma consideração “cuidadosa”.
“O processo estava longe de ser aleatório”, disse. Ele acrescentou que, como os bônus estão vinculados ao desempenho da empresa e porque a liderança precisa ser responsável, todos os vice-presidentes seniores e superiores verão uma “redução significativa” em seu bônus anual este ano.
O tamanho da força de trabalho do Google forçou os executivos a manter o círculo de tomadores de decisão relativamente pequeno, disse Fiona Cicconi, diretora de recursos humanos do Google, na reunião com os funcionários.
“Em um mundo ideal, teríamos avisado os gerentes, mas temos mais de 30 mil gerentes no Google”, disse Cicconi. “Queríamos dar certeza mais cedo.”
Outro executivo disse que os pacotes de demissão foram estruturados para recompensar os trabalhadores com longa permanência na empresa.
A diretora financeira da Alphabet, Ruth Porat, enfatizou na reunião que os cortes visavam liberar a empresa para continuar investindo em prioridades-chave.
“Aja cedo e você criará a capacidade de investir para o crescimento de longo prazo”, disse Porat. “Por mais difícil que tenha sido, essas foram as conclusões.”
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