Bloomberg — Uma nova pesquisa com economistas sugere que as condições do mercado de trabalho dos Estados Unidos estão começando a piorar, com as empresas indicando uma redução na escassez de mão de obra e uma retração nas expectativas de contratação.
Uma pesquisa da National Association for Business Economics mostrou que cerca de um terço dos entrevistados dizem que suas empresas não estão enfrentando escassez de mão de obra e quase 20% esperam que demissões sejam feitas nos próximos meses.
“Pela primeira vez desde 2020, mais entrevistados esperam queda em vez de aumento de empregos em suas empresas nos próximos três meses”, disse a presidente da NABE, Julia Coronado, fundadora e presidente da MacroPolicy Perspectives LLC, em comunicado.
“Menos entrevistados do que nos últimos anos esperam que os gastos de capital de suas empresas aumentem no mesmo período.”
Apenas 12% dos entrevistados acham que o número de funcionários aumentará nos próximos três meses, enquanto menos da metade disse que suas empresas aumentaram o número de funcionários no último trimestre. A pesquisa com 60 membros da NABE foi realizada entre 4 e 11 de janeiro.
Os números destacam as preocupações de que mais empresas começarão a demitir trabalhadores, à medida que o impacto das taxas de juros mais altas se espalha pela economia em geral.
As margens de lucro das empresas já estão sob pressão. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que as margens de suas empresas caíram nos últimos três meses, ante menos de um terço nas pesquisas de julho e outubro.
Os entrevistados, contudo, estão um pouco mais otimistas sobre os lucros futuros, com mais da metade esperando que as margens permaneçam inalteradas nos próximos três meses, e uma parcela menor esperando que caiam.
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