França e Alemanha planejam trem de alta velocidade entre Paris e Berlim

Emmanuel Macron e Olaf Scholz anunciaram que a previsão é colocar em linha até 2024, bem como um serviço noturno; viagem hoje leva 8 horas ou mais

Viajantes preocupados com o meio ambiente e o impacto de aviões demandam mais opções ferroviárias
Por Ania Nussbaum
22 de Janeiro, 2023 | 05:00 PM

Bloomberg — A França e a Alemanha anunciaram um plano para fortalecer suas ligações ferroviárias como forma de oferecer viagens consideradas mais ecológicas entre os dois países vizinhos.

As nações “apoiam a implantação da rota do trem de alta velocidade entre Paris e Berlim, bem como do serviço de trem noturno, ambos anunciados para 2024″, segundo uma declaração conjunta divulgada após uma reunião em Paris entre os líderes Emmanuel Macron e Olaf Scholz.

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Atualmente, viajar de trem entre Paris e Berlim leva pelo menos 8 horas, mas geralmente muito mais. Não foi informado quanto tempo duraria essa viagem com trens mais rápidos. Paris e Frankfurt já estão conectadas por um trem de alta velocidade, que faz a viagem em quatro horas.

Os dois líderes também planejam criar até o próximo verão - no hemisfério Norte - uma passagem de trem para os jovens viajarem de forma barata pelos dois países.

A francesa SNCF e a alemã Deutsche Bahn, ambas estatais, já haviam informado anteriormente que planejavam um serviço direto de alta velocidade entre as capitais dos países no final deste ano.

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Os viajantes preocupados com o meio ambiente estão cada vez mais ansiosos por opções ferroviárias para evitar voar em aviões que consomem muita gasolina, com conexões como Paris-Barcelona mostrando forte demanda.

O governo de Macron tentou restaurar algumas das conexões de trem noturno da França, como entre Paris e Nice, em nome da transição verde, depois de não investir nelas por anos.

O presidente francês também disse que proibiria voos domésticos de mais de duas horas e meia quando houver alternativa ferroviária - com uma exceção notável para voos que exigem conexões -, mas a medida não entrou em vigor.

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