Goldman Sachs fará contratações ‘de forma seletiva’ após cortes de empregos

Executivo do banco americano disse que empresa irá se adequar às expectativas para o cenário macro, mas que movimento precisa ser “ágil”

Segundo ele, o banco deverá contratar mais de três mil graduados este ano
Por Tom Metcalf e Francine Lacqua
19 de Janeiro, 2023 | 11:26 AM

Bloomberg — O CEO do braço internacional do Goldman Sachs (GS) afirmou que as recentes demissões na instituição financeira foram necessárias para que o banco se adequasse ao cenário econômico atual e que continuará a contratar em todas as áreas da empresa.

“Dimensionamos para nos adequar ao que pensamos que será o cenário macro”, disse Richard Gnodde em entrevista à Bloomberg Television no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quinta-feira (19). “Mas é claro que você tem que ser ágil.”

Segundo ele, o Goldman Sachs deverá contratar mais de três mil graduados este ano, bem como fazer contratações de “forma mais seletiva” em todos os níveis da empresa.

A desaceleração em todo o setor e a ameaça de recessão no final deste ano levaram os líderes do banco a cortar até 3.200 empregos na semana passada. As ações da empresa caíram 6,4% na terça-feira (17) – a maior queda em um ano – , após divulgar os resultados do quarto trimestre.

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Gnodde também disse que os bônus, refletindo o desempenho geral, seriam menores. “Você tem que ter uma visão de longo prazo e analisar o ciclo”, disse ele. “Com o tempo, eles ainda oferecem retornos fantásticos para o nosso pessoal.”

Como outros participantes de Davos, ele adotou um tom cautelosamente otimista sobre a economia global, observando que parece que a inflação atingiu o pico. Mas ele enfatizou haver muitos desafios pela frente.

“Há muitas coisas para estarmos otimistas, mas ainda estamos descendo a montanha”, disse ele. “E esse caminho de descida é um desafio.”

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