Bloomberg — O UBS (UBS) não tem planos de fazer demissões em larga escala como seus pares globais, já que seu negócio de gestão de patrimônio continua a ter um crescimento robusto, disse o CEO Ralph Hamers.
“Não estamos em modo de contenção”, disse Hamers em entrevista à Bloomberg Television no Fórum Econômico Mundial em Davos nesta terça-feira. “Estamos contratando para o que chamamos de cargos críticos. Na Ásia-Pacífico, no Oriente Médio, estamos contratando porque temos crescimento”, disse ele.
Com Europa e Estados Unidos a beira de uma recessão, e após um ano fraco para M&A, bancos como Goldman Sachs (GS) e BNY Mellon cortam milhares de funcionários para reduzir custos. O otimismo de Hamers ressalta a divergência nas perspectivas de crescimento global, com o Oriente Médio em particular desfrutando de uma receita inesperada relacionada à energia.
“Estamos realmente contrariando a tendência quando se trata de gestão de recursos e gestão de patrimônio”, disse Hamers. O Bank of America (BAC) também disse que planeja aumentar o número de profissionais de gestão de patrimônio depois que o negócio bateu recordes.
O otimismo também está de volta à Ásia, depois que a China pôs fim ao Covid Zero e reabriu parcialmente suas fronteiras para viajantes estrangeiros. Globalmente, os negócios de fusões e aquisições encolheram 33% no ano passado, com queda de 22% nas transações asiáticas, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
O UBS espera que seu negócio de gestão de patrimônio asiático cresça este ano, disse o presidente da região Ásia-Pacífico, Edmund Koh, à Bloomberg na semana passada. A unidade se beneficiou das saídas de clientes do rival Credit Suisse, informou a Bloomberg.
O número total de funcionários do UBS atingiu o pico de 72.000 no terceiro trimestre do ano passado, um aumento de 3.347 desde o final de 2019, de acordo com relatórios. As ações do banco subiram 8% nos últimos 12 meses.
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