Nubank levanta R$ 766 mi em financiamento, em 2ª operação de crédito em um ano

Empréstimo com o IFC, braço financeiro do Banco Mundial, é a segunda linha de crédito levantada pela fintech para a expansão na América Latina desde abril do ano passado

Banco digital diz que o recurso será usado para a expansão na Colômbia
17 de Janeiro, 2023 | 12:26 PM
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Bloomberg Línea — O banco digital brasileiro Nubank (NU) levantou um financiamento de até US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 766,2 milhões) com a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial voltado para o setor privado. Segundo a fintech, o valor deve ser aplicado na expansão das operações na Colômbia.

É a segunda vez que o banco digital toma crédito para os seus negócios na América Latina espanhola. No ano passado, o Nubank recebeu uma linha de crédito de US$ 650 milhões, com duração de três anos, para expandir operações no México e na Colômbia. Morgan Stanley (MS), Citigroup (C), Goldman Sachs (GS) e HSBC (HSBC) foram os bancos que garantiram o empréstimo para a fintech.

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O novo empréstimo tomado com o IFC será em moeda local e tem um período de três anos. O recurso “será usado para impulsionar o crescimento da operação local e expandir acesso a serviços financeiros no país”, disse o Nubank, em comunicado à imprensa.

O Nubank diz ter emitido 400 mil cartões na Colômbia nos últimos 10 meses. Em resultados do terceiro trimestre de 2022, o banco afirma ter 70 milhões de clientes no mundo.

Crédito para empresas de tecnologia

Em um momento em que o capital de risco para empresas de tecnologia tem ficado mais escasso, companhias da América Latina têm buscado linhas de crédito com grandes bancos.

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As empresas da América Latina espanhola são as que mais divulgaram operações do tipo. O unicórnio colombiano Habi, por exemplo, tomou recentemente US$ 6,3 milhões do Bancóldex. A que mais se endividou com os grandes bancos no ano passado foi a Kavak, empresa de capital fechado mais valiosa da região, que recebeu até US$ 810 milhões em financiamento.

No Brasil, um investidor de capital de risco familiarizado com as transações disse à Bloomberg Línea, em condição de anonimato porque as discussões são privadas, que empresas de tecnologia têm recebido linhas de crédito sem fazer alarde e negociado acordos de dívida e distressed, ou seja, os chamados ativos depreciados, emitidos por empresas que estão em situação financeira difícil.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups