Apple apresenta computadores mais rápidos em primeiros lançamentos de 2023

Novos Macs reforçam linha de produtos que rendeu US$ 40,2 bilhões no ano passado, respondendo por mais de 10% da receita da gigante da tecnologia

Computadores da Apple ficarão mais rápidos
Por Mark Gurman
17 de Janeiro, 2023 | 03:36 PM

Bloomberg — A Apple (AAPL) lançou seus primeiros novos produtos de 2023 nesta terça-feira (17), oferecendo versões mais rápidas de seus laptops MacBook Pro de última geração e do desktop Mac mini.

Os novos MacBook Pros de 14 e 16 polegadas têm a mesma aparência dos modelos anteriores — lançados no final de 2021 —, mas agora têm chips M2 Pro e M2 Max mais poderosos para substituir os processadores M1 Pro e M1 Max.

Os novos notebooks marcam a primeira expansão do chip M2 da Apple, que estreou no MacBook Air e em um MacBook Pro de baixo custo no ano passado.

Os novos Macs reforçam uma linha de produtos que rendeu US$ 40,2 bilhões no ano passado, respondendo por mais de 10% da receita da gigante da tecnologia. A empresa também planeja trazer uma variação do chip M2 para seu computador de mesa Mac Pro de última geração ainda este ano. A Apple ainda está trabalhando em novas versões do MacBook Air, incluindo um modelo maior com tela de 15 polegadas.

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Os chips dos modelos mais recentes oferecem ganhos modestos de desempenho e dão continuidade à mudança da Apple em relação ao uso de processadores Intel em seus computadores Mac.

O M2 Pro agora terá até 12 núcleos de processamento principais — um indicador de desempenho — acima de um máximo de 10 núcleos.

Os recursos gráficos agora atingirão até 19 núcleos, acima do máximo anterior de 16. O M2 Max dobra o desempenho para gráficos, subindo para até 38 núcleos de um máximo anterior de 32 núcleos.

Os laptops também recebem um aumento de memória, para um máximo de 96 gigabytes no modelo de 16 polegadas e 64 gigabytes na versão de 14 polegadas.

Isso é superior ao limite anterior de 32 gigabytes em ambos. O armazenamento continua chegando a 8 terabytes. A duração da bateria foi ligeiramente aumentada, passando de 18 horas para 17 horas no modelo de 14 polegadas e até 22 horas para 21 horas na variação de 16 polegadas.

A Apple também disse que os novos MacBook Pros ganham WiFi 6E, que pode oferecer desempenho sem fio mais rápido em algumas circunstâncias, além de uma porta HDMI mais poderosa para acionar monitores externos mais avançados.

Os Mac minis também têm a mesma aparência do modelo anterior e chegam mais de dois anos após a última atualização da máquina. O Mac mini tem o mesmo chip M2 do MacBook Air e do MacBook Pro de 13 polegadas, enquanto a versão M2 Pro inclui o mesmo chip do novo MacBook Pro de última geração.

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O MacBook Pro atualizado de 14 polegadas começa em US$ 1.999, enquanto a versão de 16 polegadas continua custando US$ 2.499. O Mac mini custa US$ 599, US$ 100 a menos que a versão anterior. Todos os novos Macs começam a ser vendidos em 24 de janeiro, disse a Apple.

A Bloomberg informou pela primeira vez sobre os planos da Apple para os novos MacBook Pros e Mac minis no ano passado, incluindo a expectativa de que eles seriam lançados no início de 2023.

A Apple originalmente pretendia lançar as novas máquinas em 2022, e o atraso deve pesar em seus resultados trimestrais mais recentes.

A empresa alertou os investidores de que a falta de uma atualização do MacBook Pro afetaria negativamente suas vendas de fim de ano, que a Apple divulgará em 2 de fevereiro.

Além dos novos Macs, a empresa com sede em Cupertino, na Califórnia, planeja usar 2023 para lançar um fone de ouvido de realidade mista, sua primeira grande nova categoria de produto desde que o Apple Watch começou a ser vendido em 2015. Também está trabalhando na linha iPhone 15, um novo alto-falante HomePod e Apple Watches com processadores atualizados.

A longo prazo, a Apple pretende trazer telas sensíveis ao toque para o MacBook Pro a partir de 2025. A mudança daria aos computadores de ponta da Apple melhor paridade com dispositivos da Microsoft (MSFT), Dell Technologies e outros fabricantes de laptops. Também ajudará a Apple a oferecer uma experiência de software mais unificada em seus produtos.

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