Bloomberg — O UBS Group AG não planeja aquisições nos Estados Unidos “no futuro previsível” e não tem intenção de comprar o Credit Suisse Group AG, disse o chairman do banco, Colm Kelleher, ao jornal suíço Neue Zuercher Zeitung.
O UBS ainda não atingiu todo o seu potencial nos EUA, disse Kelleher em entrevista publicada neste sábado (14).
“Precisamos colocar nosso negócio de gestão de patrimônio em funcionamento e melhorar nossas margens lá”, disse ele.
A estratégia da banco suíço nos EUA está em processo de mudança depois que o chefe de longa data das Américas, Tom Naratil, se aposentou, deixando Iqbal Khanassumir a liderança global do negócio de gestão de patrimônio.
O banco também desistiu de adquirir a Wealthfront, um negócio de “robôs consultores” que visava ampliar seu alcance para públicos não tão ricos. Em vez disso, o UBS recuou, dizendo que se concentraria em sua tradicional base de clientes de patrimônio elevado.
O banco planeja oferecer serviços bancários mais tradicionais a seus clientes americanos ricos, como hipotecas e empréstimos.
“Não vamos expandir o banco de investimento”, disse ele, acrescentando que a unidade precisa melhorar seu negócio de consultoria.
O UBS está buscando mais investidores institucionais dos EUA para comprar as ações do banco, de acordo com Kelleher. Para isso, o banco quer que os analistas americanos “nos olhem mais de perto” e considera relatar separadamente o desempenho de seus negócios nos EUA, incluindo níveis de lucro e ativos sob gestão.
Não há razão para o UBS negociar com desconto em comparação com bancos americanos como o Morgan Stanley, disse Kelleher. “Eu nunca teria aceitado o cargo de presidente se não acreditasse que um valuation mais elevado poderia ser alcançada e que essa era uma meta realista”, disse ele.
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