Bloomberg — A BlackRock planeja demitir cerca de 500 funcionários, cerca de 2,5% de sua força de trabalho global, depois que a maior gestora de ativos do mundo enfrentou fortes quedas no ano passado nos mercados de ações e títulos.
“A incerteza ao nosso redor torna mais importante do que nunca estarmos à frente das mudanças no mercado e nos concentrarmos em atender nossos clientes”, escreveram o CEO Larry Fink e o presidente Rob Kapito nesta quarta-feira (11) em um memorando da equipe visto pela Bloomberg News.
É a primeira rodada de cortes na BlackRock, com sede em Nova York, desde 2019, e ainda deixará o quadro de funcionários cerca de 5% maior do que há um ano. A empresa, que deve divulgar os resultados do quarto trimestre na sexta-feira (13), tinha aproximadamente 19.900 funcionários no final de setembro.
A alta da inflação e o aumento das taxas de juros afetaram os gestores de ativos e os mercados, com o S&P 500 caindo 19% no ano passado. As ações da BlackRock caíram 23% em 2022.
A empresa, com US$ 7,96 trilhões em ativos sob gestão no final do terceiro trimestre, não especificou quais negócios serão mais afetados pelas reduções de empregos. Fink, 70, e Kapito, 64, disseram no memorando que trabalhariam para “gerenciar as despesas com prudência” e investir de maneira econômica.
Os executivos procuraram enfatizar a capacidade da empresa de receber dinheiro de novos clientes. Os fluxos para seus fundos de investimento de longo prazo aumentaram em US$ 250 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado, e analistas consultados pela Bloomberg News preveem que eles arrecadaram US$ 116 bilhões adicionais no quarto trimestre.
“Nossa amplitude e resiliência”, escreveram Fink e Kapito, “nos permitem jogar no ataque quando os outros estão recuando”.
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