Bloomberg — A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a aconselhar nesta terça-feira (10) o uso de máscaras por passageiros em voos de longa distância. Restrições de viagem na Europa, contudo, não são necessárias, afirmou a agência de saúde, já que os casos de covid-19 têm registrado aumento na China e nos Estados Unidos.
“Uma ameaça pode vir de uma nova variante de preocupação em qualquer lugar, a qualquer hora”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em um briefing em Copenhague.
Kluge pediu aos países europeus que intensifiquem seu monitoramento, dizendo que a OMS precisa de informações detalhadas e regulares para lidar com a pandemia em seu quarto ano.
O número de sequências genéticas enviadas à OMS da Europa caiu para 90 mil nas últimas cinco semanas de 2022, ante 1,2 milhão nas primeiras cinco semanas do ano.
A China também precisa fornecer informações, disse Kluge. O número oficial de mortos desde que o país mudou abruptamente de sua política de covid zero no início de dezembro permanece abaixo de 40, apesar de relatos de crematórios e casas de repouso sobrecarregados, gerando ceticismo generalizado em relação às estimativas oficiais.
A definição da China para mortes por covid é “muito estreita” e não atende necessariamente aos padrões da OMS, disse Catherine Smallwood, oficial sênior de emergência, na apresentação.
Um grupo de especialistas está atualmente estudando se a cepa XBB.1.5 deve ser considerada uma variante preocupante, de acordo com Smallwood. Casos da subvariante estão sendo detectados em números pequenos, mas crescentes, na Europa, disse ela.
Não se espera que o surto de covid na China tenha um impacto significativo na propagação da doença na Europa, disse Kluge. Os países que introduzem restrições de viagem e outras medidas devem garantir que sejam proporcionais e não discriminatórias, acrescentou.
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