Bloomberg — Economistas do Goldman Sachs (GS) não preveem mais uma recessão na zona do euro depois que a economia se mostrou mais resiliente no final de 2022, os preços do gás natural caíram drasticamente e a China abandonou, antes do previsto, as restrições impostas pela covid-19.
Espera-se agora que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescimento de 0,6% este ano na região, em comparação com uma previsão anterior de uma contração de 0,1%. Embora o crescimento ainda seja fraco durante o inverno devido à crise de energia, o primeiro trimestre de 2023 deve registrar expansão de 0,1%, segundo economistas liderados por Jari Stehn.
Eles também veem a inflação diminuindo mais rápido do que se pensava – para cerca de 3,25% até o final de 2023.
“Esperamos que o núcleo da inflação desacelere devido ao arrefecimento dos preços dos bens, mas vemos uma pressão ascendente contínua sobre a inflação de serviços devido ao aumento dos custos trabalhistas”, disseram eles. “Dada a atividade mais resiliente, o núcleo rígido da inflação e os comentários hawkish, esperamos que o Banco Central Europeu aperte significativamente mais nos próximos meses.”
O Goldman reiterou suas estimativas de aumentos de meio ponto percentual nas taxas de juros nas reuniões do BCE de fevereiro e março, seguidos por um passo final de 0,75 ponto em maio para levar a taxa para 3,25%.
-- Com a colaboração de Zoe Schneeweiss
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