Bloomberg — A Petrobras (PETR3 e PETR4) continuará vendendo combustível de acordo com os preços internacionais, disse nesta quarta-feira (4), Jean Paul Prates, indicado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o novo presidente-executivo da estatal.
Seus comentários foram um alívio para os investidores que estão preocupados com o fato de a Petrobras assumir o caro subsídio aos combustíveis durante o governo Lula. As ações reverteram as perdas e subiram até 5,6% com a notícia. Às 14h35, horário de Brasília, as ações ordinárias subiam 2,05%, enquanto as preferencias tinha alta de 3,40%.
Em entrevista a repórteres em Brasília, Prates disse que a Petrobras revisará a forma como calcula a necessidade de reajustes de preços, mas que eles permanecerão em linha com os preços globais, acrescentando que não haverá intervenção direta do governo para defini-los.
Prates, que é senador, está avançando em sua busca para se tornar o próximo presidente-executivo da Petrobras. Na terça-feira (3), o governo o nomeou oficialmente para o conselho de administração da Petrobras, passo necessário para assumir o cargo de CEO. Então, na quarta-feira (4), Caio Mario Paes de Andrade renunciou formalmente ao cargo para assumir um cargo no novo governo do estado de São Paulo.
Troca de comando
A renúncia de Andrade permite que a atual diretoria da empresa, onde a maioria dos membros foi indicada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, escolha um CEO sem a realização de uma assembleia de acionistas.
A única etapa necessária é que Prates seja liberado pelos comitês internos da Petrobras, o que pode levar semanas. O diretor de desenvolvimento de produção, João Henrique Rittershaussen, atuará como CEO interino enquanto isso, de acordo com um documento.
O governo também deve nomear novos representantes para o conselho de administração, que depois terão de ser aprovados em assembleia de acionistas. O Itaú espera que as mudanças na diretoria sejam concluídas até o final de fevereiro.
Sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras está pronta para reverter anos de cortes de custos favoráveis aos investidores e aumentar os gastos com refino e energia renovável, uma preocupação para os investidores que vêm recebendo dividendos recordes.
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