Bloomberg Línea — A Amazon (AMZN) deve demitir mais funcionários do que foi planejado inicialmente. Mais de 17 mil trabalhadores devem ser desligados da gigante tecnológica, de acordo com o Wall Street Journal citando pessoas a par do assunto, o que seria a maior onda de demissão até agora em uma companhia de tecnologia desse porte.
O CEO da Amazon, Andy Jassy, disse em novembro que a companhia faria cortes até 2023, e esperava-se que se tratasse de cerca de 10 mil pessoas. As demissões iniciaram no ano passado. Segundo uma pessoa que pediu para não ser identificada pelo Wall Street Journal, o número será bem maior e devem acontecer ainda nas próximas semanas.
Jassy disse, à época, que as pessoas foram notificadas de sua saída na área de dispositivos e livros e que alguns funcionários da unidade de “Pessoas, Experiência e Tecnologia”, que inclui recrutadores e profissionais de recursos humanos, receberam ofertas de demissão voluntária.
Muitos funcionários receberam 60 dias para encontrar novos empregos, o que seria seguido por um pacote de demissão com base na estabilidade se eles não conseguissem novos cargos, de acordo com documentos analisados pela Bloomberg News.
O CEO tem tentado reduzir as despesas em meio à desaceleração do crescimento em várias áreas de negócios da Amazon. A empresa projetou o menor aumento de receita de todos os tempos para o quarto trimestre. Nos últimos meses, Jassy congelou a contratação de algumas funções corporativas e encerrou vários programas experimentais e menores.
A Amazon está entre as empresas de tecnologia como Meta (dona do Facebok) e Salesforce que estão cortando vagas após anos de rápido crescimento. A folha de pagamento da Amazon aumentou para 1,62 milhão de funcionários globais em período integral e meio período no final de março, antes de cair para 1,54 milhão em 30 de setembro.
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