Minério de ferro avança apesar de perspectivas ruins para construção na China

Preços do minério de ferro subiram no final de 2022 com políticas de apoio do governo chinês, mas cenário no curto prazo ainda é desafiador

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Bloomberg — O mercado de minério de ferro começou o ano com menos entusiasmo, após dois meses de forte alta, diante de dados que mostraram queda na atividade econômica da China em dezembro, em meio a surtos de covid-19.

No primeiro dia de negociações do ano em Singapura, a matéria-prima do aço chegou a cair cerca de 1,5%, antes de apagar as perdas e operar com leve alta, acima de US$ 117 a tonelada. Nos últimos dois anos, o minério teve um salto de quase 50%.

O declínio da produção industrial chinesa piorou e a atividade no setor de serviços teve a maior queda desde fevereiro de 2020. Mais reveses são esperados nos primeiros meses de 2023, com consumidores ficando em casa com medo de serem infectados.

As perspectivas para o aço usado na construção permanecem ruins. As vendas de moradias novas das 100 maiores incorporadoras imobiliárias da China afundaram em dezembro. Diante da demanda fraca, as taxas de utilização das usinas no polo siderúrgico do país caiu na última semana do ano.

Os preços do minério de ferro subiram no final de 2022 com uma série de políticas de apoio do governo chinês, ao mesmo tempo em que a reabertura do país prometia impulsionar a atividade econômica. Os dados de dezembro, contudo, já apontavam para bastante turbulência no curto prazo.

A demanda por aço do país pode ter uma pequena queda em 2023 devido aos problemas do mercado imobiliário, disse Luo Tiejun, vice-presidente da China Iron & Steel Association, em conferência do setor em 30 de dezembro. O consumo aparente de aço bruto caiu cerca de 2,7% nos 11 meses até 30 de novembro, de acordo com Luo.

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