Bloomberg — A maior fábrica de iPhones do mundo voltou a operar perto da capacidade máxima na China, um sinal de que a principal parceira da Apple (AAPL) conseguiu assegurar mão de obra suficiente depois que vários funcionários revoltados com as regras severas contra covid abandonaram seus postos de trabalho.
O complexo da Foxconn em Zhengzhou, apelidado de iPhone City, opera com cerca de 200.000 funcionários, informou o jornal oficial Henan Daily, citando um executivo da Foxconn. Esse é mais ou menos o nível normal de pessoal, com base em relatórios da empresa. Em 30 de dezembro, a planta operava a 90% da capacidade máxima prevista no início do ano passado, disse o jornal.
A rápida recuperação da fábrica é um bom presságio para a produção do dispositivo da Apple antes da temporada de compras do ano-novo chinês.
Produção prejudicada
Um surto de covid em todo o país depois que Pequim abandonou abruptamente a maioria das restrições contra o vírus havia obscurecido as perspectivas para fabricantes como a Foxconn, que precisam de multidões de trabalhadores para manter as fábricas funcionando.
A fábrica de Zhengzhou, que produz a grande maioria dos aparelhos iPhone 14 Pro e Pro Max, enfrentou semanas de tumulto. Milhares de trabalhadores fugiram do confinamento no complexo ou protestaram contra as restrições extremas contra Covid em novembro — um movimento que repercutiu em todo o país. A Foxconn terminou a maioria dessas restrições no mês passado e aumentou os incentivos para funcionários novos e existentes.
A interrupção sem precedentes da produção gerou preocupações sobre o fornecimento de iPhone durante o período de fim de ano nos EUA. A Apple chegou a correr o risco de perder quase 6 milhões de unidades de iPhone por causa das tensões, segundo reportagem da Bloomberg News.
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