Falhas no Twitter levantam dúvidas sobre a operação após compra de Musk

Usuários relataram problemas durante a madrugada para acessar o site, segundo dados do Downdetector

Grande número de trabalhadores deixou a rede social após a aquisição
Por Mayumi Negishi
29 de Dezembro, 2022 | 11:00 AM

Bloomberg — Milhares de usuários do Twitter relataram problemas com o serviço de mídia social em uma das falhas mais significativas desde que Elon Musk comprou a empresa por US$ 44 bilhões e desencadeou a saída de três quartos de sua força de trabalho.

Mais de 9.000 usuários relataram problemas para acessar o serviço nas últimas 24 horas, segundo dados do Downdetector. Usuários de San Francisco a Tóquio e Hong Kong disseram que tiveram problemas para fazer login em suas contas ou encontraram uma variedade de mensagens de erro na manhã de quinta-feira na Ásia.

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Um êxodo de funcionários desde a aquisição de Musk — muitos deles demitidos — gerou preocupações sobre a capacidade do Twitter de sustentar suas operações e regular conteúdo. As últimas falhas ocorreram depois que um grande número de trabalhadores rejeitou o ultimato de Musk em novembro para que se comprometessem com um novo ambiente de trabalho duro, ou deixassem a empresa.

Musk disse este mês que vai se demitir do cargo de CEO assim que encontrar um substituto, com a ressalva de que ainda lideraria as principais equipes de programação e servidores.

Depois que as falhas no serviço diminuíram, Musk disse em um post que o Twitter realizou mudanças em sua arquitetura de servidores e que agora “o Twitter deve parecer mais rápido”.

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O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

As falhas no serviço, embora de curta duração, podem aumentar as críticas a Musk e à maneira como ele lidou com a aquisição.

Um grupo de senadores dos EUA pediu à Comissão Federal de Comércio do país que investigue a empresa sob sua liderança, e o Twitter também pode enfrentar uma possível revisão de segurança nacional pelo governo americano, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

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O Twitter também sofre pressão em outras partes do mundo. A empresa precisa aumentar o número de monitores de conteúdo na Europa, Thierry Breton, o comissário do mercado interno da União Europeia, disse no mês passado.

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