Depois de manhã em alta, Ibovespa oscila com anúncio de ministros de Lula

Nos EUA, bolsas operam em forte alta, puxadas pela recuperação das ações de tecnologia; no Brasil investidores avaliam nomes do ministério de Lula

Painel eletrônico com cotações da bolsa brasileira: último pregão do ano nesta quinta-feira (29) (Patricia Monteiro/Bloomberg)
29 de Dezembro, 2022 | 10:17 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) oscilava na última sessão de 2022 nesta quinta-feira (29), em um dia de pouca liquidez no Brasil em razão da proximidade do fim do ano - com Petrobras (PETR4) 42% do fluxo abaixo da média diária - destoando da alta nas bolsas de Nova York.

Por volta das 14h32 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,30%, a 109.904 pontos, depois de operar em alta durante a manhã, com investidores avaliando os nomes escolhidos para o ministério de Lula (veja aqui). O dólar subiu e era negociado em R$ 5,28.

No exterior, as ações americanas subiram depois que os dados dissiparam os temores de um mercado de empregos superaquecido que apoiaria o caso de uma política mais agressiva por parte do Fed. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de prazo mais longo caíram e um indicador do dólar caiu.

O S&P 500 recuperou todas as perdas sofridas nos dois dias anteriores, com mais de 95% de suas ações avançando, embora em negociações de feriado fracas. O Nasdaq 100, altamente tecnológico, teve um desempenho superior, com ganhos próximos de 3%. Tesla Inc. subiu mais de 9%, com gigantes da tecnologia, incluindo Apple (AAPL) Amazon (AMZN) e Microsoft (MSFT) também entre os maiores ganhos. As ações de tecnologia asiáticas subiram mais cedo em meio a sinais de que a China está diminuindo a repressão regulatória.

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Os investidores se consolaram com os dados de empregos nos EUA que não trouxeram nenhuma surpresa indesejada, ao mesmo tempo em que destacaram a resiliência do mercado de trabalho diante do aperto monetário agressivo do Federal Reserve.

Os pedidos iniciais de desemprego subiram ligeiramente para 225 mil, em linha com as expectativas, na semana encerrada em 24 de dezembro. Os pedidos contínuos subiram para 1,7 milhão na semana encerrada em 17 de dezembro, o maior desde o início de fevereiro.

O rali é um raio de luz enquanto um ano sombrio para ações e títulos chega ao fim. As ações globais perderam um quinto de seu valor em 2022, o maior declínio desde 2008 em uma base anual, com a tecnologia sofrendo o peso da liquidação. Um índice de títulos globais caiu 16% em meio à inflação persistente e ao aumento das taxas de juros.

As ações estão se recuperando após uma liquidação na quarta-feira, com o foco mudando para os riscos da disseminação do Covid-19. Os EUA disseram que exigiriam que os passageiros das companhias aéreas que chegam da China mostrassem um teste Covid-19 negativo antes da entrada. Na Itália, as autoridades de saúde disseram que testariam as chegadas da China depois que quase metade dos passageiros em dois voos da China para Milão foram diagnosticados com o vírus.

Hong Kong removeu os limites de reuniões e testes para viajantes em um novo desdobramento de suas últimas regras importantes da Covid, oferecendo um impulso à economia global, mas também gerando preocupações de que isso ampliaria as pressões inflacionárias e levaria os formuladores de políticas dos EUA a manterem as configurações monetárias rígidas. investidores também seguem cautelosos com uma possível recessão nos EUA no começo de 2023. A questão é quão branda ou severa essa recessão será.

Entre as criptomoedas, o bitcoin (BTC) é negociado abaixo de US$ 17 mil, depois de começar o ano acima de US$ 47 mil.

Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (29):

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  • Por volta das 14h32 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,30%, a 109.904 pontos.
  • O dólar à vista subia, negociado a R$ 5,28;
  • Nos EUA, o S&P 500 subia 1,91%, e Nasdaq 2,62%;

-- Com informações de Bloomberg News

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups