Bloomberg — A ACE, Alliance for Creativity & Entertainment (Aliança para Criatividade e Entretenimento), o braço antipirataria da Motion Picture Association (MPA), adicionou mais 11 empresas de mídia como membros em sua luta contra a pirataria de filmes e programas de TV.
Algumas das maiores empresas do setor na América Latina, Europa e Ásia, incluindo Caracol Television, da Colômbia, France Televisions, RTL Deutschland, bem como Chilevision e Estudios TeleMexico, da Paramount Global, assinaram contrato para ingressar na ACE, informou a organização.
“A pirataria é, de muitas maneiras, uma ameaça existencial para a indústria do cinema e da televisão”, disse Charlie Rivkin, presidente da MPA e da ACE, em entrevista. “Acho que você vai se surpreender com o crescimento exponencial da ACE.”
As últimas inscrições elevam o número total de membros para 52 desde que a ACE foi fundada, em 2017. A pirataria de entretenimento custa à economia americana cerca de US$ 30 bilhões em receita perdida por ano e cerca de 250 mil empregos, disse Rivkin. Globalmente, o impacto é estimado em cerca de US$ 71 bilhões. Além disso, os usuários de sites de pirataria têm cerca de 30 vezes mais chances de serem expostos a malware, segundo ele.
Juntamente com empresas associadas, como Walt Disney (DIS) e Netflix (NFLX), a ACE está trabalhando para recrutar players locais em mercados fora da América do Norte que possam ajudar a aprofundar os laços da organização com a aplicação da lei em países onde o streaming ilegal é abundante.
Jan van Voorn, chefe de proteção de conteúdo global da MPA, que também dirige a ACE, disse que o grupo está buscando mais membros no leste europeu, África e Ásia, e principalmente no Vietnã, que atualmente abriga os cinco maiores sites de pirataria em inglês do mundo.
A ACE está se ramificando de filmes e séries de televisão para esportes ao vivo e assinou com o beIN Media Group no Catar, que transmitiu partidas de futebol da Copa do Mundo. A organização também está em negociações para adicionar ligas esportivas como membros, disse Rivkin.
Entre 2019 e 2021, a ACE reduziu o número de serviços ilegais de assinatura de streaming na América do Norte de cerca de 1.400 para 238, de acordo com Rivkin.
“238 ainda é muito, mas dá uma noção da eficácia do nosso trabalho”, disse ele. “Dez anos atrás, a MPA lidava com cerca de duas dúzias de casos antipirataria por ano. Agora, Jan e sua equipe lidam com essa quantidade de casos toda semana.”
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