Bloomberg — A China disse que se esforçará para “recalibrar” seu relacionamento com os Estados Unidos e aumentar a comunicação com a Europa enquanto o país delineia suas principais tarefas diplomáticas para o próximo ano.
“Vamos seguir os entendimentos comuns alcançados entre os presidentes da China e dos Estados Unidos” e trabalhar para trazer as relações bilaterais de volta ao caminho certo, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em um discurso em um simpósio sobre relações exteriores neste domingo (25).
O presidente Xi Jinping procurou consertar os laços desgastados com os EUA e seus aliados, realizando sua primeira cúpula pessoalmente com o presidente Joe Biden em Bali, Indonésia, no mês passado. A política externa mais assertiva de Pequim contribuiu para um colapso no apoio público em todo o mundo desenvolvido durante a década de Xi no poder.
Os EUA têm pressionado seus parceiros de segurança, incluindo Coréia do Sul, Holanda, Taiwan e Japão, a cumprirem as restrições radicais à venda de semicondutores avançados para a China.
Mais cedo, Wang disse ao secretário de Estado Antony Blinken em um telefonema que os EUA deveriam parar de suprimir o desenvolvimento da China e que ambas as nações deveriam se concentrar na implementação de um consenso alcançado entre os líderes em Bali. A China se oporá a qualquer hegemonia e intimidação, disse Wang no discurso de domingo, sem nomear nenhuma nação.
O principal diplomata da China disse que seu país aumentará os intercâmbios de alto nível e as comunicações estratégicas com a Europa, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.
Wang também disse que o país aprofundará a confiança recíproca e a cooperação mutuamente benéfica com a Rússia, prometendo consolidar a parceria estratégica abrangente entre os dois países. Na semana passada, Xi disse a seu ex-homólogo russo Dmitry Medvedev em Pequim que seu país gostaria de ver negociações sobre a Ucrânia.
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