Loop: Por que o Catar incentiva o trabalho (e trava o divórcio) para mulheres

País que foi sede da Copa do Mundo tem programas de incentivo à educação e ao trabalho para mulheres, ao mesmo tempo em que mantém leis que restringem sua independência

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Bloomberg Línea — O Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, é um país que, de certa forma, se insere na tendência global de estímulo à presença de mulheres no mercado de trabalho. A economia local é considerada um hub no Oriente Médio para empresárias e fundadoras de startups, por exemplo. Há casos de mulheres que ocupam cargos de liderança em instituições públicas e privadas e servem de inspiração.

Mas essas políticas contrastam com uma ampla lista de restrições às mulheres, que precisam, por exemplo, da permissão de tutores homens para decisões importantes de sua vida, como a separação.

A Bloomberg Línea esteve no Catar e conversou com fontes que ajudam a explicar essa contradição entre o incentivo e as restrições para a autonomia de mulheres no Catar.

Há raízes demográficas. No Oriente Médio, há muito mais homens do que mulheres nos países da região. No Catar, a proporção é de cinco homens a cada mulher. A explicação é o grande fluxo de imigrantes, especialmente homens, que chegam ao país para atender a demanda por mão-de-obra.

Há também mulheres que se mudaram para o Catar em busca de emprego. Em junho de 2022, quase 300 mil mulheres imigrantes trabalhavam no país. Mas o número, somado às nativas, respondia por menos de 15% da força de trabalho. Para efeito de comparação, no Brasil o percentual histórico está na casa dos 50%.

Entenda mais sobre as políticas para mulheres no Catar no segundo vídeo do Loop, o canal da Bloomberg Línea que explica como o dinheiro e os negócios movem o mundo.

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