JPMorgan: cripto deve continuar ‘inexistente’ na carteira de grandes investidores

Segundo estrategista sênior do JPMorgan, gestoras que evitaram exposição às criptomoedas podem estar se sentindo aliviadas em 2022

Bitcoin caiu 60% no acumulado do ano.
Por Vildana Hajric - Michael Regan
24 de Dezembro, 2022 | 12:17 PM

Bloomberg — Gestoras que conseguiram ficar de fora do sobe e desce do mercado de criptomoedas podem estar se sentindo aliviadas por terem feito isso, de acordo com um estrategista sênior de investimentos do JPMorgan Asset Management (JPM).

“Como uma classe de ativos, cripto é quase inexistente para a maioria dos grandes investidores institucionais”, disse Jared Gross, chefe de estratégia de portfólio institucional do banco, no episódio desta semana do podcast “What Goes Up” da Bloomberg News. “A volatilidade é muito alta e a falta de um retorno intrínseco que você possa estimar torna isso muito desafiador.”

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No passado, havia esperança de que o bitcoin (BTC) pudesse ser uma forma de ouro digital ou ativo de refúgio que pudesse fornecer proteção contra a inflação. Mas é “auto-evidente” que isso realmente não aconteceu, disse Gross.

“A maioria dos investidores institucionais provavelmente está respirando aliviada por não ter entrado nesse mercado e provavelmente não o fará tão cedo”, disse.

A moeda caiu 60% neste ano. Fonte: Bloomberg

Os preços das criptomoedas subiram em 2020 e 2021, impulsionados em parte por vários players financeiros tradicionais entrando no espaço ou pelo menos expressando apoio a ele. Este foi um desenvolvimento importante para os entusiastas de criptomoedas, que viram esse tipo de adoção como uma forma de dar credibilidade à indústria nascente.

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Mas os ativos digitais sofreram muito este ano, já que o Federal Reserve e outros grandes bancos centrais ao redor do mundo aumentaram as taxas de juros para combater a inflação.

Um ambiente menos acomodativo tem sido prejudicial para as criptos. O bitcoin (BTC), o maior token em valor de mercado, perdeu 60% de seu valor em 2022, enquanto o Ethereum (ETH) caiu cerca de 70%.

Na sexta-feira (23), o BTC estava sendo negociado em torno de US$ 16.800 – abaixo dos US$ 50.800 de um ano atrás.

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