Procura-se um CEO. Musk quer novo líder para o substituir à frente do Twitter

Notícia vem um dia depois de o bilionário fazer enquete em seu perfil na rede social para saber se os usuários acham que ele deve ou não deixar o cargo

Bilionário quer limitar decisões sobre políticas da plataforma apenas para quem for assinante do serviço Twitter Blue
Por Vlad Savov
20 de Dezembro, 2022 | 01:30 PM

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Bloomberg — Elon Musk está procurando um novo presidente-executivo para o Twitter, conforme informou David Faber, da CNBC, depois que o bilionário postou no site de mídia social uma enquete que perguntava aos usuários se ele deveria renunciar ao cargo de chefe da empresa. E a resposta foi que ele deve sair.

Mais de 10 milhões de votos, ou 57,5%, foram a favor da renúncia de Musk, de acordo com os resultados divulgados na manhã de segunda-feira (19).

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Musk se comprometeu a respeitar os resultados quando fez a enquete, mas quase um dia depois ele tuitou mais de dez vezes sem abordar diretamente o resultado. O bilionário respondeu a um tuíte sugerindo que a enquete pode ter sido manipulada por bots com uma única palavra: “interessante”.

O novo presidente, se Musk levar adiante a mudança, pode estar elegível a um pacote de compensações de dezenas de milhões de dólares. O ex-CEO do Twitter Parag Agrawal, demitido por Musk há dois meses, ganhou um total comp de US$ 30,35 milhões em 2021, segundo reportado à época.

Ao anunciar uma nova mudança política em um de seus primeiros tweets após a votação, Musk disse que o Twitter restringirá a votação nas principais decisões políticas aos assinantes do Twitter Blue.

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Respondendo a um membro do Blue chamado Unfiltered Boss, Musk concordou com a sugestão de que apenas os assinantes deveriam ter voz na política futura da rede social e disse: “O Twitter fará essa mudança”. O Twitter Blue atraiu cerca de 140 mil assinantes em 15 de novembro, informou o New York Times.

Anteriormente, o bilionário prometeu submeter todas as futuras decisões políticas a uma votação e ofereceu aos usuários do Twitter uma escolha de liderança, perguntando se ele deveria renunciar ao cargo de liderança na empresa que comprou em outubro por US$ 44 bilhões.

A dramática oferta de Musk veio logo depois que ele compareceu à final da Copa do Mundo em Doha, no Catar, o que levou aos trending topics (os assuntos mais comentados) expressões como “vote sim” e “CEO do Twitter”. Ele não identificou um líder alternativo e chegou a dizer que não iria querer qualquer pessoa capaz de fazer o trabalho.

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Musk alertou que o Twitter está em risco de falência, na sua avaliação, e instituiu um ambiente de trabalho hardcore para os trabalhadores remanescentes após um drástico corte de pessoal. Em menos de dois meses no comando, ele assustou anunciantes, alienou os criadores mais ardentes do Twitter e transformou o serviço um dos principais assuntos nos noticiários.

Depois de perder a votação inicial, Musk, que também é CEO da Tesla (TSLA), retuitou o material promocional da montadora e do serviço Blue for Business do Twitter. Ele também respondeu a um artigo sobre as críticas da rival Toyota Motor aos veículos elétricos com um simples “Uau”.

As ações da Tesla, de longe a participação mais valiosa de Musk, despencaram cerca de 60% desde o anúncio da oferta pela aquisição do Twitter em abril e muitos críticos apontam que ele está gastando muito tempo na empresa de mídia social, em detrimento da líder em carros elétricos.

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