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Meta não arreda o pé do metaverso

Também no Breakfast: Banco do Japão surpreende mercados com giro “hawkish”, Lula ganha poder de barganha e unicórnios da América Latina vivem momento de seca

20 de Dezembro, 2022 | 06:53 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

Em seu momento mais difícil em muitos anos, que se reflete na queda acumulada de 66% nas ações neste exercício, a Meta irá sustentar suas apostas no metaverso, deixando as críticas de lado.

A holding controladora do Facebook continuará a dedicar cerca de 20% de seus custos e despesas gerais ao Reality Labs em 2023, apesar dos questionamentos de investidores e analistas sobre a divisão de negócios que tem foco em realidade aumentada e virtual e o metaverso.

A projeção, fornecida pelo CTO Andrew Bosworth em um post do blog nesta segunda-feira (19), representa leve aumento em relação aos 18% de gastos da Meta dedicados ao Reality Labs no terceiro trimestre.Isso significa que a maioria dos investimentos da empresa continuará sendo direcionado para o que a Meta chama de sua “família de aplicativos”: Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.

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Enquanto isso, investidores continuam a fugir de papéis das big techs. O Nasdaq, índice com peso maior de ações de tecnologia, fechou o pregão de ontem em queda de 1,5%. No ano, o declínio é de 32,6%.

→ Confira a matéria completa: Meta ignora críticas e diz que metaverso vai responder por 20% dos gastos em 2023

Ações da Meta acumulam queda de 66% neste ano, e críticos questionam a aposta cara de Mark Zuckerberg no metaverso

No Radar

Alguns dados macroeconômicos têm indicado melhora no panorama da Europa e dos Estados Unidos, mas uma rajada da Ásia, mais precisamente do Japão, sacode os ânimos dos investidores.

🇯🇵 Surpresa “hawkish”. O banco central do Japão (BoJ) surpreendeu os mercados internacionais ao duplicar seu objetivo para o rendimiento dos bônus de 10 anos, uma guinada agressiva que provocou uma escalada do yen e um declínio do valor nominal da dívida pública. A instituição permitirá agora que os prêmios dos títulos japoneses subam para até 0,5%, frente ao limite anterior de 0,25%. Embora tenha mantido os juros básicos negativos em -0,10%, a investida leva a crer que uma normalização da política monetária do país, conhecido por suas medidas expansionistas nesta matéria, esteja em curso.

📊 Macroeconomia na pauta. Os investidores dirigem um “olhar cirúrgico” à bateria de indicadores prevista para esta semana, na esperança de deduzir como os bancos centrais, notadamente o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE), conduzirão os juros de suas economias. A cautela predomina até a divulgação, na sexta-feira, do índice PCE, que retrata os preços para o consumo pessoal doméstico nos EUA. Neste país, hoje saem as licenças para a construção de casas e o índice Reedbook de vendas no varejo. Entre as referencias europeias temos o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Alemanha e a Confiança do Consumidor na Zona do Euro.

🇺🇸 Hora de aprovar números. Os legisladores norte-americanos chegaram a um acordo sobre um projeto de lei de despesas no valor de US$ 1,7 trilhão - a previsão é de que o aprovem esta semana na Câmara de Representantes e no Senado, antes dos feriados de fim de ano. O projeto de lei, que financiaria as agências governamentais até o final do ano fiscal de 2023, inclui US$ 858 bilhões para a Defesa nacional, um aumento de US$ 76 bilhões em relação aos níveis atuais. As agências do governo abarcariam US$ 773 bilhões. Outros US$ 45 bilhões seriam destinados para ajudar a Ucrânia em sua defesa contra a invasão russa.

Os mercados esta manhã

🟢 As bolsas ontem (19/12): Dow Jones Industrials (-0,49%), S&P 500 (-0,90%), Nasdaq Composite (-1,49%), Stoxx 600 (+0,27%), Ibovespa (+1,83%)

O medo de uma recessão levou os principais índices norte-americanos a recuarem pela quarta sessão consecutiva. Os operadores ponderam o caminho do Fed no próximo ano, depois que membros do banco central prometeram seguir subindo os juros até que estejam convencidos de que a inflação foi derrotada.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Construção de Casas Novas/Nov, Índice Redbook, Estoques de Petróleo Bruto - API

• Europa: Zona do Euro (Confiança do Consumidor/Dez, Transações Correntes/Out); Alemanha (IPP/Nov)

• Ásia: Japão (Decisão sobre Taxas de Juros do BoJ); Hong Kong (IPC/Nov)

• América Latina: México (Vendas no Varejo/Out), Argentina (Balanço Orçamentário/Nov)

• Bancos Centrais: Bancos Centrais (Discurso de Luis de Guindos, vice do BCE)

📌 Para a semana:

Quarta-feira: EUA (Pedidos e Juros de Hipotecas MBA, Transações Correntes/3T22, Confiança do Consumidor - Conference Board/Dez); Brasil (Transações Correntes e Investimento Estrangeiro Direto/Nov)

Quinta-feira: EUA (PIB/3T22, Índice de Atividade Nacional Fed Chicago/Nov); Bancos Centrais (Ata de Política Monetária do BoJ)

Sexta-feira: EUA (Índice de Preços PCE/3T22; Pedidos de Bens Duráveis/Nov, Gastos e Renda Pessoais/Nov, Índice Michigan de Confiança do Consumidor/Dez); Brasil (IPCA-15/Dez); México (Atividade Econômica/Out); Feriado no Reino Unido (bolsas fecham às 12h30)

Destaques da Bloomberg Línea:

Lula ganha poder de barganha após decisão do STF sobre o orçamento secreto

Trump pode ser indiciado criminalmente após recomendação unânime de comitê

Gestores revisam projeções para Ibovespa diante de aumento de riscos fiscais

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Bradesco planeja comprar participação em fintechs para crescer nos EUA | Unicórnios da América Latina vivem momento de seca de capital de risco | Milho brasileiro vira ‘salvação’ para conter disparada de preços dos alimentos

• Opinião Bloomberg: Reino Unido deixa uma lição para o mundo em 2023: não ignore os riscos

• Pra não ficar de fora: Quanto custa um peru na América Latina para a ceia de Natal?

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, a newsletter matinal da Bloomberg Línea com as notícias de destaque no Brasil e no mundo.

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