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Em seu momento mais difícil em muitos anos, que se reflete na queda acumulada de 66% nas ações neste exercício, a Meta irá sustentar suas apostas no metaverso, deixando as críticas de lado.
A holding controladora do Facebook continuará a dedicar cerca de 20% de seus custos e despesas gerais ao Reality Labs em 2023, apesar dos questionamentos de investidores e analistas sobre a divisão de negócios que tem foco em realidade aumentada e virtual e o metaverso.
A projeção, fornecida pelo CTO Andrew Bosworth em um post do blog nesta segunda-feira (19), representa leve aumento em relação aos 18% de gastos da Meta dedicados ao Reality Labs no terceiro trimestre.Isso significa que a maioria dos investimentos da empresa continuará sendo direcionado para o que a Meta chama de sua “família de aplicativos”: Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.
Enquanto isso, investidores continuam a fugir de papéis das big techs. O Nasdaq, índice com peso maior de ações de tecnologia, fechou o pregão de ontem em queda de 1,5%. No ano, o declínio é de 32,6%.
→ Confira a matéria completa: Meta ignora críticas e diz que metaverso vai responder por 20% dos gastos em 2023
No Radar
Alguns dados macroeconômicos têm indicado melhora no panorama da Europa e dos Estados Unidos, mas uma rajada da Ásia, mais precisamente do Japão, sacode os ânimos dos investidores.
🇯🇵 Surpresa “hawkish”. O banco central do Japão (BoJ) surpreendeu os mercados internacionais ao duplicar seu objetivo para o rendimiento dos bônus de 10 anos, uma guinada agressiva que provocou uma escalada do yen e um declínio do valor nominal da dívida pública. A instituição permitirá agora que os prêmios dos títulos japoneses subam para até 0,5%, frente ao limite anterior de 0,25%. Embora tenha mantido os juros básicos negativos em -0,10%, a investida leva a crer que uma normalização da política monetária do país, conhecido por suas medidas expansionistas nesta matéria, esteja em curso.
📊 Macroeconomia na pauta. Os investidores dirigem um “olhar cirúrgico” à bateria de indicadores prevista para esta semana, na esperança de deduzir como os bancos centrais, notadamente o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE), conduzirão os juros de suas economias. A cautela predomina até a divulgação, na sexta-feira, do índice PCE, que retrata os preços para o consumo pessoal doméstico nos EUA. Neste país, hoje saem as licenças para a construção de casas e o índice Reedbook de vendas no varejo. Entre as referencias europeias temos o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Alemanha e a Confiança do Consumidor na Zona do Euro.
🇺🇸 Hora de aprovar números. Os legisladores norte-americanos chegaram a um acordo sobre um projeto de lei de despesas no valor de US$ 1,7 trilhão - a previsão é de que o aprovem esta semana na Câmara de Representantes e no Senado, antes dos feriados de fim de ano. O projeto de lei, que financiaria as agências governamentais até o final do ano fiscal de 2023, inclui US$ 858 bilhões para a Defesa nacional, um aumento de US$ 76 bilhões em relação aos níveis atuais. As agências do governo abarcariam US$ 773 bilhões. Outros US$ 45 bilhões seriam destinados para ajudar a Ucrânia em sua defesa contra a invasão russa.
🟢 As bolsas ontem (19/12): Dow Jones Industrials (-0,49%), S&P 500 (-0,90%), Nasdaq Composite (-1,49%), Stoxx 600 (+0,27%), Ibovespa (+1,83%)
O medo de uma recessão levou os principais índices norte-americanos a recuarem pela quarta sessão consecutiva. Os operadores ponderam o caminho do Fed no próximo ano, depois que membros do banco central prometeram seguir subindo os juros até que estejam convencidos de que a inflação foi derrotada.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Construção de Casas Novas/Nov, Índice Redbook, Estoques de Petróleo Bruto - API
• Europa: Zona do Euro (Confiança do Consumidor/Dez, Transações Correntes/Out); Alemanha (IPP/Nov)
• Ásia: Japão (Decisão sobre Taxas de Juros do BoJ); Hong Kong (IPC/Nov)
• América Latina: México (Vendas no Varejo/Out), Argentina (Balanço Orçamentário/Nov)
• Bancos Centrais: Bancos Centrais (Discurso de Luis de Guindos, vice do BCE)
📌 Para a semana:
• Quarta-feira: EUA (Pedidos e Juros de Hipotecas MBA, Transações Correntes/3T22, Confiança do Consumidor - Conference Board/Dez); Brasil (Transações Correntes e Investimento Estrangeiro Direto/Nov)
• Quinta-feira: EUA (PIB/3T22, Índice de Atividade Nacional Fed Chicago/Nov); Bancos Centrais (Ata de Política Monetária do BoJ)
• Sexta-feira: EUA (Índice de Preços PCE/3T22; Pedidos de Bens Duráveis/Nov, Gastos e Renda Pessoais/Nov, Índice Michigan de Confiança do Consumidor/Dez); Brasil (IPCA-15/Dez); México (Atividade Econômica/Out); Feriado no Reino Unido (bolsas fecham às 12h30)
Destaques da Bloomberg Línea:
• Lula ganha poder de barganha após decisão do STF sobre o orçamento secreto
• Trump pode ser indiciado criminalmente após recomendação unânime de comitê
• Gestores revisam projeções para Ibovespa diante de aumento de riscos fiscais
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