Bloomberg — A holding controladora do Facebook, a Meta Platforms (META), continuará a dedicar cerca de 20% de seus custos e despesas gerais ao Reality Labs em 2023, apesar dos questionamentos sobre a divisão de negócios com foco em realidade aumentada e virtual e no metaverso.
A projeção, fornecida pelo CTO Andrew Bosworth em um post do blog nesta segunda-feira (19), representa leve aumento em relação aos 18% de gastos da Meta dedicados ao Reality Labs no terceiro trimestre. Isso significa que a maioria dos investimentos da empresa continuará indo para o que a Meta chama de sua “família de aplicativos”: Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.
As ações da Meta acumulam queda de 66% neste ano, e alguns analistas e investidores questionam a aposta cara - e ainda não rentável - do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, no metaverso, que ocorre em um momento em que a empresa cortou outros custos, incluindo demissões generalizadas.
A Reality Labs relatou uma perda de operações de US$ 9,4 bilhões nos primeiros nove meses do ano; a família de aplicativos da Meta, em comparação, gerou cerca de US$ 32 bilhões em lucros no período.
Bosworth disse que 2022 foi mais difícil que o esperado.
Visão de longo prazo, diz CTO
“Os desafios econômicos em todo o mundo, combinados com as pressões sobre o negócio principal da Meta, criaram uma tempestade perfeita de ceticismo sobre os investimentos que estamos fazendo”, disse ele. Ainda assim, acrescentou, recuar em apostas futuras para se concentrar apenas em objetivos de curto prazo pode ter “consequências desastrosas”.
Um investimento de 20% em tecnologias futuristas é um “nível que acreditamos fazer sentido para uma empresa comprometida em permanecer na vanguarda de uma das indústrias mais competitivas e inovadoras do mundo”, disse ele.
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