Quais os desafios do Congresso com Lula? 2 visões de novas lideranças reeleitas

Tabata Amaral (PSB), de esquerda, e Marcel van Hattem (Novo), de direita, apontam à Bloomberg Línea o que deve se esperar da relação do Legislativo com o governo eleito

National Congress, project by Oscar Niemeyer, Brasília, DF. Brazil
17 de Dezembro, 2022 | 09:11 AM

Bloomberg Línea — As últimas semanas têm servido de amostra de como podem funcionar as relações do próximo governo, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o Congresso.

Negociações intensas e aceno à nomeação em ministérios para diferentes partidos permitiram a tramitação célere de propostas de interesse do governo eleito, como a PEC da Transição, que abre caminho para despesas de pelo menos R$ 145 bilhões em 2023 fora do teto de gastos, e a alteração de leis que muitos consideravam um marco já estabelecido, como a que trata da governança de estatais.

Nos últimos dias, porém, impasses em questões como o chamado Orçamento Secreto, que permite a destinação de emendas parlamentares sem a identificação do autor das mesmas, postergaram a votação das duas propostas citadas, a PEC da Transição e a Lei das Estatais, na Câmara e no Senado, respectivamente.

O Congresso será em parte renovado a partir de 1º de fevereiro de 2023, data da posse de senadores e deputados eleitos em outubro. A renovação em relação à composição atual será de 23 dos 81 senadores e de 219 dos 513 deputados federais, segundo dados das duas casas legislativas.

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Os desafios trazidos pela mudança de governo e de suas relações com os partidos tanto na Câmara como no Senado foram alvo de entrevistas da Bloomberg Línea, realizadas pouco depois do desfecho das eleições, com duas novas lideranças da Câmara que foram eleitos para um novo mandato.

Para a deputada federal Tabata Amaral (PSB), eleita com a sexta maior votação do estado de São Paulo, a relação de Lula com o Congresso eleito vai depender do respaldo que ele tiver da sociedade. Leia aqui a entrevista.

Para o deputado federal Marcel van Hattem (Novo), eleito com a segunda maior votação do Rio Grande do Sul, há uma direita liberal a conservadora que veio para ficar e que vai crescer na oposição. Leia aqui a entrevista.

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