Quem é o banqueiro escolhido por Haddad para ser o número 2 na Fazenda

Convite foi aceito ontem por Gabriel Galípolo e a nomeação foi confirmada pelo futuro ministro, Fernando Haddad, após um almoço com o presidente do BC

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Bloomberg Línea — O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira (13) que o economista Gabriel Galípolo será seu secretário-executivo. A nomeação foi acertada na segunda-feira (12) e confirmada por Haddad na tarde desta terça, depois de um almoço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A função do secretário-executivo é coordenar os trabalhos das demais secretarias e assessorias do ministério e trabalhar na elaboração e na articulação dos projetos da pasta. No organograma do ministério, é o segundo cargo mais importante, depois do próprio ministro.

Quem é Gabriel Galípolo

Galípolo tem 40 anos e presidiu o banco Fator entre 2017 e 2021. Ele já foi professor da faculdade de Economia da PUC de São Paulo e deu aulas sobre parcerias público-privadas (PPP) na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).

Nas eleições deste ano, o economista foi o coordenador do plano de governo da campanha derrotada de Haddad para o governo de São Paulo. Também trabalhou como conselheiro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área econômica e foi um dos responsáveis por estabelecer contatos do presidente eleito com empresários e grandes nomes do mercado durante a campanha.

Na transição, ele participou do grupo técnico de infraestrutura, área considerada prioritária pelo presidente Lula.

Galípolo ganhou destaque entre os conselheiros de Lula por causa de sua visão a respeito da necessidade de um novo regime fiscal para o país.

Em diversas oportunidades, disse que o teto de gastos, a âncora fiscal em vigor atualmente, criada no governo Michel Temer (MDB), deveria ser revogado por já não funcionar mais - o governo de Jair Bolsonaro (PL) aprovou pelo menos três emendas à Constituição para fugir do teto, gastando quase R$ 800 bilhões por fora da regra.

O economista defende que um novo regime deve nascer a partir de diálogos com a sociedade. Na PEC da Transição foi incluído um dispositivo para obrigar o governo a propor um novo regime fiscal até agosto de 2023. O texto já foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara.

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