Haddad quer estreitar o relacionamento com o Banco Central independente

Indicado para a Fazenda por Lula, Fernando Haddad deve almoçar com Roberto Campos Neto nesta terça-feira

Fernando Haddad, Brazil's incoming finance minister, during a press conference at the Bank of Brazil Cultural Center (CCBB) in Brasilia, Brazil, on Friday, Dec. 9, 2022. President-elect Lula picked former Sao Paulo Mayor Haddad to head Brazil’s economy in a sign his leftist Workers’ Party will have outsize influence in the most crucial decisions of government. Photographer: Andressa Anholete/Bloomberg
Por Daniel Carvalho
13 de Dezembro, 2022 | 08:50 AM

Bloomberg — O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planeja “construir cuidadosamente um relacionamento” com o Banco Central autônomo, realizando uma reunião formal com o chefe da autoridade monetária nesta terça-feira (13).

Haddad almoçará com Roberto Campos Neto no Banco Central e também se encontrará com membros da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de dar uma entrevista coletiva em Brasília após o fechamento dos mercados locais.

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“É inédito no Brasil um ministro da Fazenda assumir e o comando do Banco Central continuar o mesmo por mais dois anos”, disse Haddad a repórteres na segunda-feira, acrescentando que “dará detalhes” sobre sua relação com o Banco Central no dia seguinte.

Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro de 2024, vem pedindo “coordenação” entre as políticas monetária e fiscal, já que os investidores se preocupam com o impacto inflacionário dos planos de gastos do novo governo.

Os mercados locais caíram na segunda-feira, após rumores de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia nomear Aloizio Mercadante, um economista de esquerda, para chefiar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o banco de desenvolvimento do país.

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O mandato de alguns diretores do BC expira antes do de Campos Neto, e é prerrogativa do governo nomear novos conselheiros, disse Haddad.

O novo chefe da Fazenda reiterou que espera que Lula anuncie seu futuro ministro do Planejamento antes de escolher membros de sua equipe, a fim de garantir que o governo tenha um grupo econômico coeso.

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