Bloomberg — Elon Musk, que já teve uma fortuna estimada em US$ 340 bilhões, deixou de ser a pessoa mais rica do mundo nesta terça-feira (13), sendo ultrapassado por Bernard Arnault, dono da gigante francesa de luxo LVMH, que tem marcas como Tiffany e Bulgari.
Desde janeiro, Musk, de 51 anos, tem visto sua fortuna cair mais de US$ 100 bilhões, para US$ 168,5 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg News, o Bloomberg Billionaires Index. Isso é menos do que o patrimônio líquido de US$ 172,9 bilhões de Arnault, 73, cuja riqueza vem principalmente de sua participação de 48% na gigante de moda.
A queda de Musk do topo do ranking – a primeira vez desde setembro de 2021 – encerra um ano tumultuado para o bilionário, que surpreendeu o mundo em abril com sua oferta de comprar o Twitter (TWTR) por US$ 44 bilhões.
O seu acordo, contudo, coincidiu com o movimento de aperto agressivo dos juros por parte do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais, reduzindo os valuations das empresas, como o da Tesla (TSLA), de Musk. As ações da montadora elétrica caíram mais de 50% este ano.
Musk tentou por meses sair do acordo com o Twitter, mas não conseguiu. Ele chegou a vender mais de US$ 15 bilhões em ações da Tesla – cerca de US$ 8,5 bilhões em abril, depois outros US$ 6,9 bilhões em agosto – para levantar dinheiro suficiente para financiar a compra.
Depois que concluiu a aquisição da rede social, em outubro, Musk viu sua fortuna cair em US$ 10 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg News.
Desde então, Musk prometeu mudar a plataforma de mídia social, mas tem enfrentado uma série de desafios. Ele criticou a Apple (AAPL) e ameaçou retirar o Twitter de sua App Store em um momento em que outras empresas já estavam retirando seus anúncios do site.
Arnault, a nova pessoa mais rica do mundo, por sua vez, não tem tanto drama em sua vida – pelo menos não em comparação com Musk.
O bilionário tem sido um dos pilares do ranking, mas sua fortuna nunca cresceu no ritmo exponencial dos bilionários americanos de tecnologia. Agora, seu império está se mantendo enquanto os de Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e Larry Page e Sergey Brin, da Alphabet (GOGL), veem suas riquezas serem prejudicadas pelo aumento das taxas de juros.
As roupas de grife, vinhos finos e negócios de varejo da LVMH, com sede em Paris, se beneficiaram da demanda reprimida desencadeada quando as restrições de compras e viagens impostas pela covid foram suspensas na maioria dos países. As marcas de Arnault atendem aos ricos – de Christian Dior e Fendi às joalherias Bulgari e Tiffany & Co., e à casa de champanhe Moet & Chandon.
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