Por que o Goldman Sachs acredita que reabertura da China pode ser arriscada

Comentários de presidente do banco ressaltam como os credores estão avaliando o impacto da política de zero covid na potência asiática

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Bloomberg — O presidente do Goldman Sachs (GS), John Waldron, disse que o caminho para a reabertura da economia da China pode ser “arriscado”, o que, somado ao cenário de uma recessão moderada na Europa e nos Estados Unidos, pode levar a um ambiente econômico mais desafiador.

“Isso obviamente terá algumas implicações negativas para o crescimento”, disse Waldron em um vídeo durante o “Bund Summit”, de Xangai.

Os comentários ressaltam como os credores estão avaliando o impacto da política de “zero covid” na China, bem como as tensões geopolíticas e uma queda nas negociações. Bancos globais estão silenciosamente cortando funcionários focados na tese chinesa à medida que crescem as dúvidas sobre se o país algum dia se tornará a máquina de negócios e altos retornos uma vez imaginada.

No entanto, Waldron disse que os negócios do Goldman na China, principalmente de mercados de capitais, estão indo bem. O banco também espera desempenhar um papel maior na indústria de gestão de ativos no país. Em junho, a empresa obteve aprovação para começar a oferecer serviços de gestão de patrimônio por meio de um empreendimento com o Industrial & Commercial Bank of China.

“Continuaremos a ser grandes investidores no país e estamos entusiasmados com as oportunidades futuras”, disse.

O surto de covid-19 na China mostrou poucos sinais de alívio, mesmo quando o país afrouxou os requisitos de teste em seu último esforço para se afastar da política de zero covid. O país registrou 13.272 novos casos na sexta-feira (9), o que ainda configura um patamar elevado.

Enquanto isso, a contagem do número de casos para a cidade de Pequim continuou caindo, com 2.223 novos casos em 9 de dezembro. A queda repentina nos números oficiais diários da cidade atraiu o ceticismo de pessoas que estão vendo a infecção se espalhar rapidamente pela capital.

Espera-se que o país asiático veja um novo salto nas infecções à medida que amplia as flexibilizações, o que causaria novas perturbações econômicas.

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