Transição na Economia? Haddad se reúne com Guedes em Brasília

Reunião não estava na agenda pública do ministro e serviu como conversa inicial para definir agenda de trabalho das próximas semanas

Por

Bloomberg — O ex-prefeito Fernando Haddad, que faz parte da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve uma reunião inicial com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília, em mais um sinal de que ele pode será nomeado o novo ministro das finanças pelo presidente eleito.

A reunião, que não estava na agenda pública de Guedes, durou cerca de uma hora e ocorreu nesta quinta-feira (8) na sede do Ministério da Economia. Segundo Haddad, o encontro serviu como uma conversa inicial para definir uma agenda de trabalho para as próximas semanas.

“Queremos que a transição de governo seja a mais tranquila possível”, disse Haddad a repórteres após a reunião, acrescentando que representa a equipe de transição econômica de Lula, que inclui uma mistura de economistas liberais e de esquerda. “Foi uma conversa cordial e transparente.”

Haddad, que se tornou um forte candidato ao comando da Economia no governo Lula, disse que entrará em contato com integrantes do Tesouro e da Receita Federal a partir da próxima semana com o objetivo, segundo ele, de “entender a situação que encontraremos em 31 de dezembro”.

Lula já afirmou que começará a anunciar os nomes de seu ministério após ser certificado pela Justiça Eleitoral em 12 de dezembro. Ele tem repetido que seu futuro ministro da Fazenda será alguém com capacidade de negociar reformas importantes no Congresso, e não apenas um tecnocrata. Ele tomará posse em 1º de janeiro.

Sob o governo do líder de esquerda, o Ministério da Economia deve ser novamente dividido em três pastas: Finanças, Planejamento e Indústria e Comércio, como era a estrutura antes do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

-- Com a colaboração de Simone Iglesias.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Pior já passou? Inflação ainda preocupa investidor em 2023, aponta gestora

Capitalização do Credit Suisse tem adesão acima de 90%, segundo fontes