Estas são as principais tendências mundiais até 2075, segundo o Goldman Sachs

Economistas do banco expandiram suas estimativas para abranger 104 países durante ao longo dos próximos 50 anos; veja as principais tendências

Crescimento global deve desacelerar, refletindo o desaquecimento do mercado de trabalho
Por Simon Kennedy
06 de Dezembro, 2022 | 10:27 AM

Bloomberg — Os economistas do banco Goldman Sachs promoveram um corte radical nas previsões para a economia mundial até 2075.

Duas décadas depois de apresentarem suas famosas projeções econômicas de longo prazo para as chamadas economias Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), os economistas agora liderados por Jan Hatzius expandiram suas estimativas para abranger 104 países durante ao longo dos próximos 50 anos.

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Os principais resultados da pesquisa são:

• O crescimento global será em média pouco menos de 3% ao ano durante a próxima década, ante 3,6% na década anterior à crise financeira, e declinará gradualmente nos intervalos seguintes, refletindo um desaquecimento do mercado de trabalho.

• Os mercados emergentes continuarão a convergir com economias mais industrializadas, à medida que a China, os EUA, a Índia, a Indonésia e a Alemanha estarão no topo da tabela das maiores economias globais, quando medidos em dólares. Nigéria, Paquistão e Egito também podem estar entre as maiores.

• É improvável que os EUA repitam seu desempenho relativamente forte da última década, e a excepcional robustez do dólar também se dissipará durante os próximos 10 anos.

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Embora a desigualdade de renda entre os países tenha diminuído, internamente dentro de cada economia ela continuará a aumentar.

Os economistas Kevin Daly e Tadas Gedminas apontam o protecionismo e a mudança climática como riscos “particularmente importantes” tanto para o crescimento quanto para a convergência de renda.

“A maior parte desta desaceleração projetada é devida à demografia. A taxa de crescimento da população global diminuiu pela metade nos últimos 50 anos”.

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Eles avaliam ainda que um crescimento populacional mais lento é “um bom problema”, porque implica menos pressão sobre o meio ambiente. No entanto, isso representará “uma série de desafios econômicos”, como a forma como as nações pagarão pelos crescentes custos de saúde de suas populações envelhecidas.

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