Shein pagará US$ 15 milhões após reclamações trabalhistas em fábricas

Uma investigação apontou que dois dos armazéns de fornecedores da varejista não estão respeitando os regulamentos locais de horário de trabalho

Shein disse que reduziu os pedidos de duas fábricas onde os funcionários tinham que trabalhar mais horas do que permitido
Por Katie Linsell
05 de Dezembro, 2022 | 04:45 PM

Bloomberg — A gigante do fast fashion Shein gastará US$ 15 milhões para atualizar centenas de fábricas depois que uma investigação apontou que dois dos armazéns de seus fornecedores não estão respeitando os regulamentos locais de horário de trabalho.

A varejista chinesa gastará o dinheiro nos próximos três a quatro anos, disse a Shein nesta segunda-feira (5). A medida é uma resposta às alegações de abuso trabalhista em um recente documentário da televisão britânica que descobriu que funcionários de duas fábricas na China trabalhavam 18 horas por dia e foram multados por cometer erros.

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A Shein disse que reduziu os pedidos de duas fábricas onde os funcionários tinham que trabalhar mais horas do que o permitido pelos regulamentos locais — uma análise independente descobriu que os funcionários trabalham até 13,5 horas por dia. A Shein deu aos fornecedores até o final de dezembro para diminuir a jornada de trabalho.

No entanto, a empresa negou que suas fábricas retenham os salários dos trabalhadores ou deduzam ilegalmente os salários se as metas não forem cumpridas.

A Shein enfrenta críticas crescentes sobre suas práticas ambientais, sociais e de governança, incluindo exploração de trabalhadores e roubo de direitos autorais. O gigante online revolucionou a indústria da moda rápida com suas vendas de camisetas de US$ 6,16 e vestidos de US$ 13,41. A empresa foi avaliada em US$ 100 bilhões em uma rodada de captação de recursos no início deste ano, embora o número tenha provavelmente caído um pouco desde então.

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A Shein planeja aumentar as verificações no local sem aviso e investir mais em treinamento para garantir que seus fornecedores cumpram seu código de conduta.

“Embora a auditoria tenha revelado um problema com o horário de trabalho, isso foi levantado com os dois fabricantes e reduzimos significativamente nossos pedidos até que tomem medidas efetivas”, disse Adam Whinston, chefe de meio ambiente, social e governança da Shein.

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