Unicórnio mexicano Bitso corta cerca de 25% da equipe após quebra da FTX

A exchange de criptomoedas apoiada pela Tiger Global demitiu 25% de sua equipe após o colapso da FTX, que já levou outras três empresas a quebrarem

Segundo fontes, as demissões ocorreram devido a eventos recentes no mercado cripto
01 de Dezembro, 2022 | 08:12 AM

Bloomberg Línea — O unicórnio mexicano da exchange de criptomoedas Bitso demitiu 25% de sua equipe na terça-feira (29) após o colapso da FTX e seu efeito em cadeia que já levou outras três empresas a quebrarem.

Pessoas familiarizadas com o assunto que preferiram não ser identificadas porque as discussões são privadas disseram que as demissões ocorreram devido a eventos recentes no mercado de criptomoedas.

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A Bitso, que opera no México, Brasil, Colômbia e Argentina, disse em comunicado que “como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos os ajustes estruturais apropriados”.

“Trabalhamos em um setor de ritmo acelerado, que exige que façamos constantemente um remanejamento de nossas habilidades de alto valor, de forma que possamos mover cada vez mais rápido em direção onde os clientes querem que estejamos, considerando as necessidades de longo prazo do nosso negócio, o mercado e o setor. A Bitso continuará a investir no desenvolvimento de novos produtos para atender à sua missão de tornar cripto útil e garantir que a companhia mantenha sua liderança e força na região, ”disse a empresa, sem fornecer números de quantas pessoas foram demitidas.

Este é o segundo corte da Bitso em 2022. A primeira demissão em massa foi em maio, quando a exchange de criptomoedas demitiu 80 pessoas no México, o único mercado afetado na ocasião.

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À época, a Bitso informou que as demissões se deviam à dinâmica acelerada do setor. Isso “exige que repensemos constantemente as habilidades de que precisamos para podermos nos mover ainda mais rápido para onde nossos clientes precisam que estejamos, levando em consideração o desenvolvimento de longo prazo do mercado e da indústria”, afirmou em comunicado.

A Bitso está passando por uma crise de confiança enfrentada por alguns clientes após o colapso da FTX, uma das maiores bolsas do mundo. Nas mídias sociais, os usuários exigiram mais transparência sobre a localização de seus ativos, o que levou a empresa a um roteiro de transparência, conforme relatado pela Reuters.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups

Yanin Alfaro (BR)

Jornalista com experiência em startups e tecnologia