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A Espanha está emergindo como um lugar atrativo para aqueles que buscam inovar. O país está entre os que mais se destacam no ecossistema europeu de startups, com perspectivas animadoras para os empreendedores, apesar do sombrio cenário macroeconômico global.
Em entrevistas à Bloomberg Línea, representantes do setor analisaram os fatores que impulsionaram o crescimento do país nesta área nos últimos anos, com vantagens que vão desde preços mais atraentes, presença em vários nichos de mercado, descentralização territorial e até mesmo o estilo de vida espanhol. Entretanto, eles também observaram que há desafios a serem contornados, como menos incentivos governamentais que em outros países e um foco nas empresas que estão nascendo, mais que naquelas que necessitam escalar.
De acordo com o relatório Startup Ecosystem Rankings 2022 da StartupBlink, a Espanha ocupa a décima posição entre os principais países para capital de risco na Europa, considerando um parâmetro que leva em conta a quantidade e a qualidade das empresas em operação, bem como o ambiente de negócios.
As empresas empreendedoras na Espanha cresceram rapidamente nos últimos anos: o investimento acumulado em startups espanholas superou os US$ 4 bilhões em 2021. É certo que o panorama internacional turbulento pode desacelerar o ritmo de crescimento do setor. No entanto, especialistas confiam que o número total de unicórnios espanhóis duplique até o final de 2023. Em 2021, sete empresas haviam alcançado o status de unicórnio (com valor superior a US$ 1 bilhão). E até agora, neste ano, mais três companhias chegaram a este marco: Fever, Travelperk, Factorial.
⇒ Veja como a Espanha vem ganhando espaço no ecossistema de startups da Europa
No Radar
O discurso de Jerome Powell previsto para hoje e um conjunto de indicadores importantes colocam os investidores em estado de alerta nesta jornada. O enfraquecimento da atividade na China devido à política de controle contra a covid também pesa nas negociações.
🏮 China mais fraca. A atividade da China se contraiu ainda mais em novembro devido às restrições geradas pelo aumento de contágios por covid. Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, a atividade industrial recuou para o menor nível desde abril, a 48 pontos. No setor de construção e serviços, a queda de 2 pontos levou o índice a 46,7 neste mês. Analistas estimam que a contração deve continuar até o primeiro trimestre de 2023.
👁️🗨️ Títulos em observação. Além do discurso de hoje de Jerome Powell, presidente do Fed, o mercado espera pelo IPC de novembro, amanhã, e pelo relatório de empregos na sexta-feira. É uma sequência capaz de balançar as negociações e algumas empresas se anteciparam à volatilidade no mercado de dívida. A Amazon, por exemplo, arrecadou US$ 8,25 bilhões com a venda de títulos seniores sem garantia e com grau de investimento.
🛢️ Petróleo se recupera. A cotação do petróleo continua subindo com força após indicação de forte queda nos estoques de petróleo dos EUA. O mercado recebe o relatório da AIE hoje e está na expectativa pela próxima reunião da OPEP+, quando pode ser anunciado um corte de produção.
📉 Inflação europeia. A inflação da França se manteve em níveis recordes em novembro a +7,1% em novembro, mesma taxa de outubro. O número se contrapõe ao recuo da inflação observado em outras economia como Alemanha, Espanha e Bélgica. IPC da Zona do Euro será conhecido logo mais e o mercado espera a primeira desaceleração em 18 meses.
🟢 As bolsas ontem (29/11): Dow Jones Industrials (+0,01%), S&P 500 (-0,16%), Nasdaq Composite (-0,59%), Stoxx 600 (-0,13%), Ibovespa (+1,96%)
Os mercados acionários norte-americanos encerraram com sinais divergentes, com alguns investidores preferindo esperar pelo discurso do presidente do Fed, que poderia consolidar as perspectivas sobre a política monetária dos EUA. Algumas das perdas no setor de tecnologia foram compensadas pelo desempenho dos papéis de empresas do setor de energia, dada a valorização do petróleo.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: PIB/3T22, Livro Bege, Pedidos de Hipotecas MBA, Variação de empregos ADP, Núcleo de Preços PCE/3T22, Lucros Corporativos/3T22, Estoques no Varejo e no Atacado, PMI de Chicago/Nov, Oferta de Empregos JOLTs/Out, Vendas Pendentes de Moradias/Out, Estoques de Petróleo-EIA
• Europa: Zona do Euro (IPC/Out) Alemanha (Taxa de Desemprego/Nov); França, Itália e Portugal (IPC/Out, PIB/3T22); Espanha (Vendas no Varejo/Out, Transações Correntes/Set)
• Ásia: Japão e China (PMI Industrial/Nov)
• América Latina: Brasil (Taxa de Desemprego, Balanço Orçamentário/Out); México (Balanço Fiscal/Out)
• Bancos centrais: Discursos de Discurso de Jerome Powell-Fed, Huw Pill-BoE, Reunião de Política Não Monetária-BCE
📌 Para a semana:
• Quinta-feira: EUA (Núcleo do Índice de Preços PCE/Out, Renda e Gastos Pessoais/Out, Demissões Anunciadas Challenger/Nov); Zona do Euro (Taxa de Desemprego/Out); PMI Industrial (EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha); Brasil (PIB/3T22); Banco Centrais (Discursos de Philip Lane-BCE)
• Sexta-feira: EUA (Relatório de Emprego-Payroll/Nov, Taxa de Desemprego/Nov); Zona do Euro (IPP/Out); Bancos centrais (Discursos de Charles Evans-Fed, Christine Lagarde-BCE, Luis de Guindos-BCE, Joachim Nagel-Bundesbank, Haruhiko Kuroda-BoJ)
Destaques da Bloomberg Línea:
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