Soja tem maior cotação desde setembro com onda de calor e seca na Argentina

Temperaturas acima do normal afetam a produção de grãos no país vizinho, mas safra maior no Brasil ajuda a compensar as perdas

Calor acima do normal na Argentina aumenta o estresse sobre a soja e o milho recém-plantados
Por Megan Durisin
30 de Novembro, 2022 | 12:16 PM

Bloomberg — A soja atingiu a cotação mais alta desde setembro, impulsionada pelo clima quente e seco em partes da América do Sul. As temperaturas na Argentina ultrapassaram 38 graus nos últimos dias e devem se manter “bem acima do normal” nas próximas duas semanas, aumentando o estresse sobre a soja e o milho recém-plantados, de acordo com a Maxar. A seca que atinge o país já derrubou a safra de trigo, com pouca expectativa de alívio.

Em compensação, as estimativas iniciais para a safra brasileira são altas, o que pode ajudar no abastecimento global. Do lado da demanda, a recuperação dos preços do petróleo nos últimos dias pode impulsionar o interesse por biocombustíveis de origem agrícola.

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“A safra do Brasil continua forte e as estimativas são de mais de 150 milhões de toneladas, enquanto a Argentina passa por uma seca, causando problemas de produção”, disse a CHS Hedging em nota.

  

A soja subiu até 1% para $ 14,735 o bushel em Chicago, a cotação mais alta desde 22 de setembro. A commodity sobe 10% em 2022, a caminho do quarto ganho anual consecutivo. O farelo e óleo de soja, assim como o milho, também avançavam.

O trigo se recuperou de uma mínima de três meses, com fortes chuvas na Austrália que fecharam estradas e ferrovias e ameaçam a qualidade da colheita do país.

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