Deflação pelo IGP-M perde força em novembro e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta terça-feira (29)

No IPC, a principal contribuição para a aceleração do índice partiu da gasolina, cuja taxa passou de -3,74% para 1,58% em novembro
29 de Novembro, 2022 | 09:31 AM

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Bloomberg Línea — O dia começa com números do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que perdeu força em novembro em comparação com o mês imediatamente anterior. Ainda no cenário doméstico, a PEC da Transição foi protocolada no Senado e aguarda agora as assinaturas necessárias para que a tramitação comece - o que pode acontecer ainda hoje. Lá fora, na China, os ânimos parecem mais acalmados, uma vez que as manifestações contra a política de Covid Zero perderam força e já trazem algum alívio para os mercados.

Veja as outras notícias que devem afetar os mercados nesta terça-feira (29):

1. IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,56% em novembro, depois de uma queda de 0,97% no mês anterior. Com isso, o índice acumula alta de 4,98% no ano e de 5,90% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice ficou em 0,02%, acumulando alta de 17,89% em 12 meses.

“As contribuições para a aceleração da taxa do índice partiram de seus três índices componentes. No índice ao produtor, a soja foi o principal destaque ao registrar alta de 1,25%, ante queda de 0,66%, no mês anterior. No IPC, a principal contribuição para a aceleração do índice partiu da gasolina, cuja variação de preços passou de -3,74% para 1,58%. Por fim, no âmbito da construção, a pressão para a aceleração do índice partiu da mão-de-obra, cuja taxa avançou de 0,31% para 0,53%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

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2. PEC da Transição

A equipe de transição para o novo governo, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolou na segunda-feira (28) a PEC da Transição no Senado. O documento propõe que os recursos para o pagamento do Bolsa Família, que vai substituir com algumas mudanças o atual Auxílio Brasil, fiquem de fora da âncora fiscal do teto de gastos por quatro anos, de 2023 a 2026.

A proposta precisa do apoio de 27 senadores para começar a tramitação Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Até a noite de segunda-feira, 14 assinaturas já tinham sido reunidas pelo senador e relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI). Se confirmadas as 27 assinaturas necessárias, a tramitação pode começar ainda hoje.

3. Mercados

Os futuros americanos subiam na manhã desta terça-feira, à medida que as preocupações com a agitação dos protestos na China contra as políticas de Covid Zero pareciam diminuir. Às 9h00, o Dow Jones futuro subia 0,07%, enquanto o S&P tinha alta de 0,26% e o Nasdaq subia 0,45% no mesmo horário. Por aqui, o Ibovespa futuro abriu em alta de 1,12% enquanto o dólar futuro caía 0,57%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Lula decide por PEC com gasto de R$ 198 bi fora do teto
  • Folha de S. Paulo: PEC é entregue com Bolsa Família fora do teto por 4 anos
  • O Globo: Lula envia PEC ao Congresso e dá início às negociações
  • Valor: PEC é protocolada e exclui R$ 198 bi do teto de gastos

5. Agenda

A agenda local de indicadores desta terça-feira reserva dados importantes, como o IGP-M de novembro, o índice de preços ao produtor de outubro e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também do mês de outubro.

Lá fora, nos EUA, saem os números do Índice Redbook, do Índice de Preços de Imóveis de setembro, Confiança do Consumidor-Conference Board do mês de novembro e o balanço dos Estoques de Petróleo API.

E também...

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, com os investidores aguardando uma reunião da OPEP + que pode resultar em um corte na oferta na tentativa de combater a fraqueza do mercado. Às 8h15, o petróleo tipo Brent subia 2,73%, a US$ 86,17 o barril, enquanto o WTI tinha alta de 2,58%, a US$ 79,23 o barril.

--Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.