Por que a gestora brasileira Galapagos quer abrir um fundo hedge nos EUA

De acordo com diretor de investimentos, novo fundo será lançado em 2023 com cerca de US$ 300 milhões

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Bloomberg — A Galapagos Capital planeja expandir seus negócios de gestão de recurso para os Estados Unidos no ano que vem, de acordo com o diretor de investimentos Sergio Zanini.

A gestora com sede em São Paulo, que administra R$ 11,7 bilhões (cerca de US$ 2,8 bilhões), contratará quatro gestores de portfólio e dois estrategistas de pesquisa em Miami para um novo fundo hedge macro focado em mercados emergentes e registrado nos Estados Unidos, segundo Zanini.

O fundo terá como alvo investidores internacionais, disse ele, e deve ser lançado no primeiro trimestre do ano que vem. A empresa pretende iniciar o fundo com cerca de US$ 300 milhões e vê espaço para chegar a cerca de US$ 1 bilhão no curto prazo.

“Mercados emergentes são nosso DNA”, disse Zanini. “É uma classe de ativos enorme que tem sido negligenciada nos últimos 10 anos, com muitas oportunidades macro e muita experiência em navegar ciclos inflacionários. Também está muito correlacionado com commodities que, em nossa opinião, serão centrais para as alocações macro nos próximos 10 anos.”

No início deste ano, a empresa contratou Jaime Valdivia, da BlueCrest Capital Management, para ser o economista-chefe em Miami.

O principal fundo da empresa, o Galapagos Evolution, sobe cerca de 14% no acumulado do ano, superando o CDI, que subiu 11%. Apostas em ações brasileiras contra americanas ajudaram a performance, disse Zanini.

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