Mercados sobem enquanto investidores esperam por novos sinais na ata do Fed

Investidores buscam mais indicações na ata sobre os próximos passos do Fed e também ponderam a previsão de prejuízo do Credit Suisse e o aumento de casos de covid na China

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Barcelona, Espanha — A ata da reunião do Federal Reserve é o principal catalisador de expectativas desta quarta-feira (23). Os investidores buscam no documento mais sinais sobre a intensidade e a duração do aperto monetário nos Estados Unidos contra a inflação. O anúncio de um prejuízo bilionário pelo Credit Suisse e a expansão da covid na China também estarão em foco.

→ O que move os mercados hoje

💸 Prejuízo à frente. O Credit Suisse alertou nesta quarta-feira que registrará um prejuízo de até US$ 1,6 bilhão neste quarto trimestre, com novas saídas dos fundos de gestão de patrimônio devido à crise de confiança que a instituição suíça enfrenta. O banco, que passa por uma ampla reforma, está cortando um terço dos postos de trabalho na China, segundo informações obtidas pela Bloomberg, como parte de um plano global de 2.700 demissões para o trimestre corrente.

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📲 Revolta na cidade do iPhone. Há quase um mês isolados por covid, centenas de trabalhadores da principal fábrica de iPhone da Apple, na China, entraram em confronto hoje com seguranças. Os funcionários da Foxconn, em Zhengzhou, saíram dos dormitórios nas primeiras horas do dia reivindicando salários não pagos e declarando temores de que o surto tenha se espalhado. Às vésperas do pico de compras da temporada de festas, a Apple alertou este mês que as remessas dos novos iPhones 14 Pro serão menores do que o previsto.

🏮 China crescerá 5%? Se a covid for controlada e Pequim implementar políticas de incentivo ao consumo, a China pode crescer 5% em 2023. A previsão foi feita hoje pelo economista Wang Yiming, membro do comitê de política monetária do Banco Central da China. O cenário, no entanto, não favorece essa previsão. Com 28.183 novos casos relatados até ontem, a China voltou às amplas restrições de trânsito de pessoas e testes em massa para conter os surtos.

📑 Ata em destaque. Os analistas de mercado se debruçam esta tarde sobre a minuta do último encontro do Fed, em que foi decidido o aumento do juro em 0,75 ponto percentual. A expectativa do mercado é de que o documento demonstre o consenso entre os membros do FOMC sobre a necessidade de seguir com o aperto, mas de forma mais branda. Isso poderia se refletir em uma elevação de 0,50 ponto percentual no próximo dia 14. Há ainda a incerteza sobre até onde a taxa deverá ser elevada para domar os preços..

🟢 As bolsas ontem (22/11): Dow Jones Industrials (+1,18%), S&P 500 (+1,36%), Nasdaq Composite (+1,36%), Stoxx 600 (+0,73%), Ibovespa (-0,65%)

Após iniciar a semana no vermelho, as bolsas norte-americanas se recuperaram no último pregão. Os investidores ajustaram as expectativas para os próximos movimentos do Fed apoiados em discursos indicando que as taxas continuarão a subir, mas em passo mais moderado. Além disso, números sobre a indústria do Fed de Richmond ficaram abaixo das expectativas.

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Na agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

Feriado: Japão

PMI Composto: EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França, Japão

EUA: Venda de Casas Novas/Out, Pedidos Iniciais de Seguro Desemprego, Pedidos de Bens Duráveis /Out, Expectativa de Inflação e Confiança do Consumidor-Univ. de Michigan/Nov

América Latina: Argentina (Atividade Econômica/Set, Balanço Orçamentário/Out)

Bancos centrais: Ata da reunião do FOMC-Fed, Relatório Mensal do Banco Central da Alemanha, Discursam Luis de Guindos (BCE), David Ramsden e Huw Pill (BoE)

📌 Para a semana:

Quinta-feira: Alemanha (Índice IFO de Clima de Negócios/Nov); Reino Unido (Índice CBI de Tendências Industriais/Nov); Bancos Centrais (BCE divulga Atas da Reunião de Política Monetária, Discursam Isabel Schnabel (BCE), Catherine Mann (BoE); David Ramsden, Huw Pill (BoE))

Sexta-feira: Feriado: EUA (Dia de Ação de Graças); Alemanha (PIB/3T22, Clima do Consumidor-GfK/Dez); França e Itália (Confiança do Consumidor/Nov)

(Com informações da Bloomberg News)