As principais estratégias do BofA para as ações no próximo ano

Reabertura econômica da China deve impulsionar as ações porque as famílias têm excesso de poupança, disseram estrategistas

Estrategistas do Bank of America também apontaram a venda de ações de tecnologia dos EUA como uma de suas principais recomendações para 2023
Por Henry Ren
23 de Novembro, 2022 | 01:03 PM

Bloomberg — Michael Hartnett do Bank of America (BAC) se juntou ao coro de estrategistas otimistas com as ações chinesas, e fez delas seu investimento favorito para 2023.

A reabertura econômica da China deve impulsionar as ações porque as famílias têm excesso de poupança, disseram estrategistas liderados por Hartnett em nota, em uma comparação ao que ocorreu nas bolsas dos Estados Unidos e de outros países com o fim das restrições contra covid.

Eles também recomendam a venda de ações de tecnologia americanas entre seus 10 principais ajustes para carteiras em 2023.

A aposta na China vem na esteira de outros bancos de Wall Street. O Citigroup disse que o afrouxamento do Covid Zero e medidas de apoio ao setor imobiliário devem impulsionar os lucros das empresas chinesas, enquanto o Morgan Stanley elevou seus preços-alvo para os papéis do país.

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Ações chinesas tiveram desempenho abaixo do esperado em 2022 com o peso dos riscos da covid

As ações chinesas tiveram uma recuperação forte, com alta de 19% do MSCI China Index este mês, e o índice Hang Seng entrou em um mercado de alta após mudanças inesperadas na política do governo chinês.

Mesmo assim, o indicador da MSCI permanece em queda de 33% no ano, com os investidores desencorajados por medidas contra covid e cautelosos com a visão do presidente Xi Jinping para os mercados. Antes deste mês, as ações da China continental e de Hong Kong haviam registrado perdas de US$ 6 trilhões desde seu pico em fevereiro do ano passado.

Os estrategistas do Bank of America também apontaram a venda de ações de tecnologia dos EUA como uma de suas principais recomendações para 2023. Ainda há exposição demais ao setor tech, mesmo após uma queda de 28% no índice Nasdaq 100 este ano, disseram.

As gigantes do setor sofrerão com o fim da era da política monetária flexível, ao mesmo tempo em que enfrentam riscos de mais regulamentação, de acordo com Hartnett.

As estimativas dos analistas também refletem uma visão cada vez mais negativa da tecnologia nos EUA.

Os lucros do setor devem encolher em 2023, enquanto os do S&P 500 como um todo terão crescimento de 3.1%, segundo as projeções.

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