Barcelona, Espanha — Os investidores calculam hoje os riscos associados à retomada das restrições para frear Covid na China, bem como a perspectiva de continuidade da alta dos juros nos Estados Unidos. Ambos os fatores acendem um sinal de atenção na jornada.
Enquanto aguardam novas mensagens de diretores do Fed, os futuros de índices nos Estados Unidos registram ligeira alta e as bolsas europeias sobem com ajuda da valorização das ações de petrolíferas, enquanto a cotação do barril de cru subia.
→ O que move os mercados hoje
⬇️ Contágio Cripto. O mercado acompanha o risco de falência da corretora de criptoativos Genesis. Segundo informações de pessoas familiarizadas com a situação, clientes já foram alertados para a possibilidade de falência caso a empresa continue tendo dificuldades para obter recursos para sua unidade de empréstimos. Desde a quebra da exchange FTX a liquidez do segmento diminuiu e vem colocando várias empresas do setor em alerta.
🇹🇼 Taiwan em foco. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse hoje em encontro no Camboja com o ministro da Defesa da China Wei Fenghe que o país deve evitar “ações desestabilizadoras” em relação a Taiwan e advertiu sobre o “comportamento cada vez mais perigoso” dos aviões militares chineses na região Indo-Pacífico. O porta-voz do Ministério da Defesa Tan Kefei considerou “positiva” a reunião e disse concordar com a necessidade de fortalecer a gestão da crise, mas afirmou que a culpa pela deterioração dos laços entre os dois países é dos EUA.
😷 Covid preocupa. A China reportou ontem mais de 27 mil novos casos de Covid, próximo do patamar recorde no país, aumentando as preocupações do mercado. O contágio massivo pressiona as autoridades locais a reforçar controles que já afetam um quinto da economia chinesa, com testes ampliados e fechamento de escritório e escolas nas grandes cidades. Isso acontece apenas uma semana após a flexibilização de algumas medidas da política Covid Zero, incluindo redução da quarentena.
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🗣️ Vozes do Fed. Os analistas tomam nota de mais três discursos de diferentes membros do Federal Reserve (Fed) hoje. Dada a incerteza sobre o ritmo e a duração do aperto monetário, cada novo comentário de membros do banco central movimenta as expectativas sobre o momento em que o juro será estabilizado nos EUA e em que patamar.
🟢 As bolsas ontem (21/11): Dow Jones Industrials (-0,13%), S&P 500 (-0,39%), Nasdaq Composite (+1,09%), Stoxx 600 (-0,32%)
Os mercados acionários dos EUA começaram a semana em baixa sob efeito dos comentários da presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, de que será preciso considerar os atrasos na transmissão do aperto monetário para a economia, o que pressupõe que a alta de juros pode durar mais tempo. Adicionalmente, o aumento dos casos de Covid na China, com as primeiras mortes em seis meses, levantou a possibilidade de o país sustente a política Covid Zero por mais tempo.
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Na agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Índice Redbook, Índice de Manufatura-Fed Richmond/Nov, Estoques de Petróleo
• Europa: Zona do Euro (Confiança do Consumidor, Transações Correntes/Set)Reino Unido (Dívida Líquida do Setor Público)
• Ásia: Japão (IPC)
• América Latina: México (Vendas no Varejo/Set); Argentina (Balanço Orçamentário/Out, Balança Comercial/Out)
• Bancos centrais: Discursam Loretta Mester, James Bullard e Esther George (Fed), Joachim Nagel (Bundesbank)
📌 Para a semana:
• Quarta-feira: Feriado no Japão; EUA (Venda de Casas Novas/Out, Pedidos Iniciais de Seguro Desemprego, Pedidos de Bens Duráveis /Out, Expectativa de Inflação e Confiança do Consumidor-Univ. Michigan/Nov); PMI Composto (EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França, Japão); Bancos centrais (Fed divulga Ata da reunião do FOMC)
• Quinta-feira: Alemanha (Índice IFO de Clima de Negócios/Nov); Reino Unido (Índice CBI de Tendências Industriais/Nov); Bancos Centrais (BCE divulga Atas da Reunião de Política Monetária, Discursam Isabel Schnabel (BCE), Catherine Mann (BoE); David Ramsden, Huw Pill (BoE))
• Sexta-feira: Feriado: EUA (Dia de Ação de Graças); Alemanha (PIB/3T22, Clima do Consumidor-GfK/Dez); França e Itália (Confiança do Consumidor/Nov)
(Com informações da Bloomberg News)
