Alckmin diz que novo limite para os gastos públicos será discutido em 2023

Vice-presidente eleito afirmou que a prioridade do novo governo é resolver o Orçamento do ano que vem

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Bloomberg Línea — O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou na tarde desta terça-feira (22) que o futuro governo vai debater a criação de novas regras para limitar os gastos públicos. A discussão sobre o novo desenho da âncora fiscal, porém, vai ocorrer “para frente” e “não nos próximos 30 dias”, disse Alckmin, acrescentando que a prioridade do governo eleito é “resolver o Orçamento do próximo ano”.

“A questão da discussão [da âncora fiscal], vai ter que ser feita para frente, mas não nesses 30 dias agora. A proposta foi encaminhada, agora é ouvir as sugestões, ponderações e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse ele.

O vice-presidente eleito também afirmou que “o ideal é combinar o teto com a evolução da curva da dívida e com o resultado primário”, fazendo uma “composição das três coisas”.

A tentativa do governo eleito é aprovar ainda em 2022 no Congresso uma permissão para gastar R$ 200 bilhões, de acordo com a proposta inicial, com programas sociais em 2023 sem as restrições do teto de gastos.

Mais cedo, o líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), disse que a PEC da Transição não será aprovada na versão apresentada pela equipe de Lula, e antecipou que a base aliada estaria disposta a liberar R$ 80 bilhões pelo período de um ano, de acordo com informações da Agência Senado.

A equipe de transição de anunciou ainda os novos nomes que vão compor os grupos técnicos da fase de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre eles estão Alexandre Frota (União-SP), para a Cultura, Marília Arraes (PT-PE), no Desenvolvimento Regional, e Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, que apoiará os trabalhos no grupo de Turismo.

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