Petróleo afunda e preço do barril chega ao menor nível desde janeiro

Notícias de que a Opep+ estaria considerando aumentar a produção levaram a uma queda das cotações; restrições na China também contribuem para a redução

Perspectiva de queda de demanda e aumento de produção pressiona os preços
Por Julia Fanzeres
21 de Novembro, 2022 | 01:58 PM

Bloomberg — O tombo do petróleo se estendeu nesta segunda-feira (21) com notícias de que a Arábia Saudita e outros países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estariam dispostos a aumentar produção, enquanto a China voltou a adotar medidas de restrição contra a covid-19.

O barril de Brent chegou a despencar 5,5% para menos de US$ 83 pela primeira vez desde janeiro, após o Wall Street Journal dizer que a Opep+ estaria considerando um aumento de produção de 500.000 barris por dia antes do embargo da União Europeia ao petróleo russo.

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As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) operavam em baixa na tarde desta segunda, com queda de 1,09% e 0,71% por volta das 13h50 (horário de Brasília). O Ibovespa (IBOV) caia 0,19%.

Se confirmado, o aumento de produção coincidiria com uma virada no humor do mercado. Os preços estão em queda e os contratos futuros de curto prazo em Nova York são negociados com desconto em relação ao mês seguinte em um sinal de demanda fraca.

A China registrou suas primeiras mortes relacionadas a covid em quase seis meses no fim de semana, e uma cidade de 11 milhões de habitantes perto de Pequim pediu à população que fique em casa em meio a um surto, gerando temores de uma nova onda de restrições no país que é o maior importador de petróleo do mundo.

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O Goldman Sachs rebaixado sua previsão do quarto trimestre para o Brent em US$ 10 para US$ 100 o barril, em parte pela possibilidade de novas medidas antivírus na China.

  

“Novas restrições de mobilidade na China, juntamente com altas exportações de petróleo russo” estão empurrando os preços para baixo, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities do UBS. Mas, por enquanto, os cortes em vigor na produção da Opep e a demanda sólida nos EUA antes das viagens durante o feriado de Ação de Graças na quinta-feira podem ajudar a moderar a queda de preços, disse.

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