O que pode ameaçar as vendas de relógios suíços? Resposta pode vir da China

Exportações tiveram crescimento mais lento em outubro devido à menor demanda chinesa, o que pode, caso movimento persista, ter efeito posterior sobre os preços

Mesmo com a desaceleração em outubro, as exportações de relógios suíços acumulam crescimento de 12% nos primeiros dez meses do ano
Por Andy Hoffmann
19 de Novembro, 2022 | 11:43 AM

Bloomberg — As exportações de relógios suíços tiveram um ritmo de crescimento mais lento em outubro por causa da redução dos embarques para a China, indicando uma ligeira moderação na demanda por objetos de luxo de última geração.

As vendas aumentaram 6,7%, para 2,27 bilhões de francos (US$ 2,4 bilhões) no mês passado, informou a Federação da Indústria Relojoeira Suíça na última quinta-feira (17). Apesar da queda recente para a China, as exportações totais cresceram 12% nos primeiros dez meses do ano, a caminho de um recorde.

A demanda por relógios de luxo aumentou para níveis recordes depois que mais consumidores com dinheiro em caixa descobriram marcas suíças, como Rolex e Omega e Patek Philippe, enquanto ficavam em casa durante os dois primeiros anos de pandemia. Mercados para todos os tipos de colecionáveis têm registrado uma flutuação dos preços nos negócios ultimamente.

O crescimento foi liderado pelos Estados Unidos, com as exportações saltando 17% para o país que ultrapassou a China no ano passado e se tornou o maior mercado de relógios suíços de luxo.

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As exportações para a China, por outro lado, caíram 18%, pois a política de covid zero do governo local manteve algumas lojas de varejo fechadas nos últimos meses.

As exportações de relógios com preços de atacado entre 200 e 500 francos caíram 37% em valor, continuando a desaceleração iniciada no início de 2020.

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