Bloomberg — O presidente da Fifa, Gianni Infantino, defendeu a última decisão polêmica do Catar, país-sede da Copa do Mundo, de proibir a cerveja nos estádios antes, durante e depois dos jogos.
A proibição de álcool nos estádios foi anunciada pela primeira vez na sexta-feira (18), dois dias antes do início do evento, e reverteu um acordo anterior para permitir que o patrocinador da Fifa, a Anheuser-Busch InBev (BUD), vendesse cerveja Budweiser. O maior evento esportivo do mundo - que envolve uma década de planejamento - começa neste domingo (20) com os anfitriões enfrentando o Equador.
A proibição destaca mal-entendidos entre a maior cervejaria do mundo, o país muçulmano conservador e a Fifa, o órgão internacional que rege o futebol, sobre uma parceria que a Global Data disse valer US$ 72 milhões.
Infantino deu de costas publicamente para a proibição, dizendo que regras semelhantes existiam na França, na Espanha, em Portugal e na Escócia.
“Se durante três horas por dia você não puder beber uma cerveja, você sobreviverá”, disse Infantino nesta sábado (19) em entrevista coletiva em Doha.
A decisão viralizou nas redes sociais, com torcedores que gastaram milhares de dólares para comprar ingressos, garantir hospedagem e passagens aéreas em uma das Copas mais caras da história reclamando que os organizadores só decidiram avisar das novas regras quando tudo não tinha mais volta.
As suítes de hospitalidade de alto padrão - cujo acesso custa milhares de dólares e que servem destilados e champanhe - ainda poderão servir bebidas alcoólicas aos convidados durante a partida. A Budweiser Zero, versão sem álcool da bebida americana, também será vendida nos estádios.
Infantino disse que a Fifa tem uma ótima parceria com a Budweiser. “Sou muito grato a eles a esse respeito por sua colaboração”, disse ele. “Esta decisão de parceria nos aproximou.”
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