Bloomberg — A cidade de Nova York propôs a adoção de um salário mínimo de US$ 23,82 por hora até 2025 para trabalhadores que fazem a entrega de comida de restaurantes pedida por meio de aplicativos, em um esforço para melhorar as condições para os autônomos.
A proposta do Departamento de Proteção ao Consumidor e Trabalhador da cidade de Nova York (DCWP, na sigla em inglês) obrigaria empresas como Uber, DoorDash e Grubhub a estabelecer um salário mínimo para os entregadores de US$ 17,87 e aumentá-lo para quase US$ 24 em três anos, de acordo com o departamento.
A proposta será objeto de audiência pública marcada para 16 de dezembro.
Os mais de 60.000 entregadores de comida por aplicativo na cidade são classificados como autônomos e não têm acesso a benefícios como salário mínimo ou horas extras. Isso gerou um esforço dos defensores dos trabalhadores para reforçar as proteções no ano passado.
Atualmente os entregadores recebem US$ 7,09 por hora, excluindo gorjetas, de acordo com o DCWP. Com gorjetas, mas antes das despesas, eles recebem em média US$ 14,18 por hora.
A proposta segue um conjunto de projetos de lei aprovados em setembro de 2021 pelos legisladores da cidade para conceder proteções aos entregadores de comida, incluindo exigir que os restaurantes deixem os trabalhadores usarem o banheiro e garantir que recebam gorjetas completas.
“Os entregadores atenderam Nova York várias vezes, inclusive durante a pandemia de covid-19 – agora é hora de Nova York atendê-los”, disse o prefeito Eric Adams em um comunicado. “Esta nova taxa de pagamento mínimo proposta ajudaria a garantir um pagamento mais justo para os entregadores de aplicativos de terceiros”.
Uber, DoorDash e Grubhub não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
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