Amazônia no foco da COP27 e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta quarta-feira (16)

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Bloomberg Línea — A quarta-feira (16) começa com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal, que acumula alta de 4,65% nos últimos 12 meses, e com a primeira aparição internacional do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois das eleições. Ele deve discursar na cúpula do clima da ONU, a COP27, ainda hoje, mas já anunciou a candidatura do Brasil como sede do evento de 2025. Lá fora, os investidores aguardam os dados de varejo dos Estados Unidos enquanto monitoram o cenário geopolítico.

Veja as outras notícias que devem afetar os mercados nesta quarta-feira (16):

1. Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de novembro teve variação de 0,70%, acumulando alta de 4,65% nos últimos 12 meses, segundo divulgação da FGV-Ibre nesta manhã. Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. Em contrapartida, os grupos transportes, alimentação, saúde e cuidados pessoais e comunicação apresentaram avanço em suas taxas de variação, com destaque para gasolina, queda de 0,30% para alta de 1,33% e hortaliças e legumes, alta de 9,74% para 10,64%.

2. Brasil na COP

O presidente eleito Lula (PT) discursa oficialmente nesta quarta-feira na COP27, no Egito, onde participou mais cedo do evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, relacionado à cúpula. Na ocasião, ele afirmou que pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) para a Amazônia sediar a próxima cúpula, em 2025. Em seu discurso, ele também disse que “o Brasil está de volta ao mundo”.

Lula fala em discurso oficial hoje às 12h15, no horário de Brasília. É esperado que o presidente eleito foque no combate às mudanças climáticas e no combate à fome e à pobreza.

3. Mercados

Os futuros americanos subiam nesta manhã, enquanto os investidores aguardam os dados de varejo do país e digerem o relatório do índice de preços ao produtor, que ficou abaixo das expectativas e trouxe algum alívio às preocupações dos investidores sobre a inflação. Às 9h, os futuros do Dow Jones, S&P 500 e do Nasdaq subiam respectivamente 0,17%, 0,87% e 1,45%. O Dollar Index, que mede a força da moeda americana em comparação com uma cesta de outras moedas, recuava 0,37% no mesmo horário.

Por aqui, o Ibovespa futuro abriu em queda de 1,28%, enquanto o dólar comercial operava em alta de 1,45%, a a R$ 5,376 na compra e R$ 5,377 na venda.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Atos pró-Bolsonaro são liderados por políticos, policiais, sindicalistas e ruralistas, mostram investigações
  • Folha de S. Paulo: Equipe de transição insiste em R$ 175 bi do Bolsa Família fora do teto por prazo indefinido
  • O Globo: ‘Momento é de reconstrução pós-guerra de Bolsonaro com o meio ambiente’, diz Marina Silva na COP27
  • Valor: Lula pede a Pacheco que Auxílio Brasil fique fora do teto de durante 4 anos

5. Agenda

A agenda de indicadores doméstica de hoje traz como destaque o IPC-S semanal, que mede quadrissemanalmente a variação do custo de vida. Nos Estados Unidos, a agenda reserva dados de vendas no varejo para o mês de outubro, além da produção industrial para o mesmo mês. A temporada de balanços continua, com os resultados de Tencent, Lowe’s, Target, TJX, Cisco, NVIDIA, Christian Dior, Siemens Energy.

O presidente eleito Lula (PT) discursa hoje por volta das 12h15, no horário de Brasília, na cúpula do clima do ONU, a COP27.

E também...

Os preços do petróleo oscilavam nesta manhã entre perdas e ganhos, com a enxurrada de manchetes geopolíticas estimulando uma nova onda de volatilidade. Paralelamente, as preocupações sobre as perspectivas de crescimento global, e consequentemente da demanda, também persistem. Às 8h30, o petróleo tipo Brent subia 0,28%, a US$ 94,12 o barril, enquanto o WTI caía 0,09%, a US$ 86,84 o barril.

--Com informações da Bloomberg News

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