Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!
Os mercados de criptomoedas enfrentam semanas de desalavancagem devido às consequências da crise na exchange de ativos digitais FTX. com, um período de turbulência que pode levar o bitcoin a US$ 13.000, avaliam estrategistas do JPMorgan Chase & Co..
Uma “cascata de chamadas de margem” provavelmente esteja em andamento, dada a interação entre a exchange, sua trading irmã Alameda Research e o resto do ecossistema de criptomoedas, segundo relatório produzido por estrategistas liderados Nikolaos Panigirtzoglou.
Investidores de ativos digitais ainda estão tentando assimilar o colapso repentimo da FTX. Em apenas um dia, fortuna de Sam Bankman-Fried (30), fundador da FTX, despencou de mais de US$ 15 bilhões para menos de US$ 1 bilhão.
A Binance voltou atrás em sua proposta de compra da FTX - esta exchange teria uma lacuna entre passivos e ativos na casa dos bilhões, possivelmente mais de US$ 6 bilhões, conforme fontes da Bloomberg News.
O episódio é o mais recente imbróglio a acontecer com as moedas virtuais. Há temores de que a potencial falência da FTX possa levar a um contágio que derrube outras empresas de criptomoedas..
⇒ Assim é o panorama que pinta o JPMorgan Chase para o mundo cripto
No Radar
As incertezas se multiplicam para o mercado nesta jornada. Enquanto esperam por uma inflação mais fraca em outubro nos Estados Unidos, os investidores analisam a indefinição da disputa eleitoral apertada entre republicanos e democratas. Também ponderam o tombo recente das criptomoedas, que esta manhã tentam recuperar parte das perdas.
📉 Inflação em destaque. Os investidores buscam hoje no IPC de outubro dos EUA sinais de arrefecimento que possam levar o Federal Reserve (Fed) a repensar o ritmo de aperto da economia. A mediana das expectativas de economistas consultados pela Bloomberg aponta desaceleração para 7,9%, ante a taxa de 8,2% de setembro. A agenda hoje prevê discursos de quatro dirigentes do Fed, que podem fazer alguma alusão ao número.
👾 Tensão cripto. O mercado de criptoativos está com o modo atenção no máximo. A desistência da Binance em comprar a FTX, exchange de Sam Bankman-Fried, continuam no radar. Esta manhã, no entanto, o bitcoin subia perto de 6%, interrompendo uma sequência de quatro dias de queda - incluindo uma perda de quase 16% ontem.
🗳️ Eleição indefinida. A contagem de votos da eleição de segundo mandato dos EUA promete alongar um pouco mais a incerteza sobre o controle das casas legislativas no país. A margem de liderança vem se mostrando pequena em ambas as casas, eliminando a expectativa de uma “onda vermelha” no pleito.
🪖 Rússia recua. Os analistas avaliam ainda a retirada das tropas russas de Kherson, na Ucrânia, que empreende uma contra-ofensiva na região. É um revés simbólico, já que a cidade foi a primeira capital regional invadida por Putin. Segundo números divulgados pelos Estados Unidos, mais de 100 mil soldados russos foram mortos ou feridos na guerra até agora, número possivelmente similar à baixa nas tropas da Ucrânia, que também contabiliza 40 mil civis mortos ou feridos.
🟢 As bolsas ontem (9): Dow Jones Industrials (-1,95%), S&P 500 (-2,08%), Nasdaq Composite (-2,48%), Stoxx 600 (-0,30%), Ibovespa (-2,22%)
As bolsas norte-americanas registraram forte queda ante resultado misto da eleição de meio mandato nos EUA, lucros corporativos decepcionantes e o declínio das criptomoedas. Entre os destaques, as ações da Walt Disney e da News Corp recuaram após a divulgação de resultados aquém das expectativas do mercado, enquanto a bitcoin caiu abaixo de US$ 17.000 pela primeira vez desde 2020.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Índice de Preços ao Consumidor/Out, Pedidos de Seguro Desemprego; Estoques de Gás Natural, Balanço Orçamentário Federal /Out
• Europa: Reino Unidos (Índice de Sentimento do Consumidor/Nov); Itália (Produção Industrial/Set);
• Asia: Japão (Índice de Preços ao Produtor/Out)
• América Latina: Brasil (IPCA/Out); México (Decisão de Política Monetária)
• Bancos centrais: Relatório Mensal do BCE, Discursos de Christopher Waller, Lorie Logan, Esther George e Loretta Mester (Fed), David Ramsden (BoE)
• Balanços: AstraZeneca, Deutsche Telekom, Merck, Brookfield, Itaú, ArcelorMittal, Fujifilm, Tata Steel, JBS, Allianz
📌 Para amanhã:
• EUA (Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan); Reino Unidos e Hong Kong (PIB 3T22); Alemanha (IPC); Discurso de Luis de Guindos e Philip Lane (BCE); Balanços (SoftBank, Toshiba, Cosan)
Destaques da Bloomberg Línea:
• A reforma mais importante do novo governo é a tributária, diz Sheinkman
• Zuckerberg pede ‘desculpas’ após anunciar corte de 11 mil empregos
• CEO do Bradesco: Vivemos uma ‘tempestade perfeita’, mas vai passar
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